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Prefeitura de Campo Grande barra criação de 3 novos Conselhos Tutelares apesar de casos de falha na proteção infantil

Decisão judicial que exigia a criação dos novos conselhos foi suspensa após ação da Prefeitura

Por João Paulo Ferreira | 10 janeiro, 2024 - 17:03

A Prefeitura de Campo Grande alcançou um marco judicial ao suspender um processo que exigia a criação de três novos Conselhos Tutelares na cidade. Esta decisão provém de um embate legal com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), que inicialmente demandava a expansão dos serviços de proteção infantil. A suspensão permanecerá até o julgamento do recurso de apelação do município, levantando questões sobre a adequação do número atual de conselhos, que é de cinco, em relação às necessidades da capital.

Os Conselhos Tutelares são órgãos essenciais na defesa dos direitos das crianças e adolescentes, atuando em casos de violência, negligência e outras formas de abuso. Em Campo Grande, a carência desses órgãos é evidenciada por casos recentes que expuseram lacunas significativas no sistema de proteção. Esta situação coloca em cheque a eficiência dos conselhos atuais e a urgência da expansão deste serviço na cidade.

Um dos episódios mais impactantes que sublinham a falha no sistema é o “Caso Sophia”. A menina de dois anos morreu após sofrer agressões, apesar de repetidas denúncias feitas às autoridades, incluindo o Conselho Tutelar. O caso gerou uma ampla discussão sobre a eficácia dos mecanismos de proteção infantil na cidade e levantou questões sobre a responsabilidade e ação preventiva dos conselhos existentes.

Além disso, outro caso perturbador envolveu um bebê de quatro meses que caiu do terceiro andar de um prédio. O incidente ocorreu enquanto a criança estava sob os cuidados de sua irmã de sete anos, reforçando a percepção de fragilidades no sistema de proteção à infância e adolescência em Campo Grande.

Esses acontecimentos desencadearam críticas severas à atuação dos Conselhos Tutelares existentes. Janice Andrade, advogada do pai de Sophia, destacou a existência de uma “omissão sistêmica” nas instituições de proteção infantil. Maria Isabela Saldanha, da OAB-MS, apontou falhas na atuação dos conselhos, indicando a necessidade de uma abordagem mais proativa e investigativa em casos de denúncias.

Enquanto isso, a situação legal em torno da criação de novos Conselhos Tutelares em Campo Grande permanece incerta. A decisão da Justiça de suspender o processo levanta dúvidas sobre o comprometimento do município com a proteção infantil e sobre as possíveis consequências dessa suspensão para as crianças e adolescentes da cidade.

A comunidade de Campo Grande, assim como os especialistas na área, aguardam respostas e ações eficazes do município e das autoridades judiciais. A crescente conscientização sobre as falhas nos atuais sistemas de proteção coloca pressão sobre os responsáveis para melhorar e expandir os serviços oferecidos pelos Conselhos Tutelares.

Este cenário em Campo Grande destaca a complexidade e a urgência de se abordar adequadamente questões de proteção infantil. A decisão da prefeitura de contestar a criação de novos conselhos, frente aos recentes casos de negligência e abuso, ressalta a necessidade de um debate mais aprofundado e de soluções concretas para garantir a segurança e o bem-estar das crianças e adolescentes na cidade.

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