Aquidauana completa 128 anos mas troca felicitações por lágrimas e necessidade de reflexão

Nos últimos dias, abrir o Facebook em Aquidauana não tem sido uma opção tão otimista. Com o avanço das contaminações pelo novo coronavírus, a rede se tornou um obituário.

Desde o início da pandemia, a cidade se despediu de forma desumana de inúmeros pais e mães de família, de jovens com futuros promissores e de figuras importantes no contexto histórico. Entre elas,a Dona Maria Antônia, integrante do PSC (Partido Social Cristão), pré-candidata a vereadora, que carregava consigo a luta da mulher e o professor Geraldo Vória, radialista, funcionário do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Aquidauana.

“Não perdemos somente pessoas queridas, perdemos parte da história de Aquidauana. É momento de refletirmos sobre a atuação pública e como a gestão tem conduzido a cidade. Me preocupo com o agora e principalmente com o futuro. Até quando iremos chorar com situações de morte em nosso município? E quem vai pagar a conta de toda essa tragédia que temos vivido? Precisamos refletir e agir imediatamente”, diz o comerciante e pré-candidato a prefeito pelo PSC, Casanova.

O comerciante lembra dos anos anteriores, onde o dia 15 de agosto era composto pelos desfiles dos estudantes, ao som de tambores, com a população nas ruas, celebrando a querida Princesinha do Sul.

Afinal, não adianta apenas parabenizar a população, as famílias que estão sofrendo não querem felicitações pelo aniversário da cidade. Querem medidas, ações e projetos que tragam novos ventos ao município.

Porém, 2020 veio com uma rasteira aos aquidauanenses, que todos os dias precisam abrir mão do ritual de despedida de seus entes queridos e vê-los de longe partir.

Em especial, a comunidade indígena. A que mais tem sofrido com as contaminações da covid-19, assim perdendo parte da sua história e de seus antecessores.

Alemão Casanova – empresário e pré-candidato a prefeito pelo PSC em Aquidauana (foto: divulgação).

“Se dermos aos mãos, com fé e luta logo voltaremos as ruas comemorar essa data e em alto e bom som, bradaremos o trecho de nosso hino que diz: “Juntos cantemos, e alto proclamemos, Quer aqui, quer também em toda parte. A bravura, o trabalho, e o amor de’arte, Que, em folhas d’ouro sempre guardemos”, finaliza, Casanova.