Por Viviane Freitas | 21 junho, 2021 - 15:01
No dia 27 de maio, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) que fosse reconhecida a situação de “escassez hídrica” na Bacia do Rio Paraná, que abastece os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
No dia seguinte, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que aplicaria o patamar 2 da bandeira tarifária vermelha para o mês de junho, ao custo de R$ 6,243 para cada 100kWh (quilowatt-hora) consumidos, em razão das “condições hidrológicas desfavoráveis” – diz a agência – já deflagradas em maio.
As atenções se voltam ao setor elétrico enquanto a crise se aproxima e o debate da privatização da Eletrobras segue no Senado, após a aprovação da Medida Provisória que traz pontos controversos que poderiam acarretar em um aumento ainda maior das tarifas.
Enquanto isso, outro item tão essencial aos brasileiros também causa preocupação. O gás de cozinha, muito utilizado para o preparo das refeições das famílias, acumula uma alta de 11,45% de janeiro a abril deste ano, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em 12 meses, no período iniciado em maio de 2020, o índice registra uma alta de 17,25%.
Como nós consumidores podemos nos preparar para a alta das contas de luz e gás? O que causa todos esses aumentos? Confira o que especialistas analisam sobre o cenário atual e saiba como reduzir o impacto no seu bolso.
Planejamento financeiro: com disciplina, os resultados vêm
“Estamos sujeitos a essas crises de tempos em tempos. Para aquilo que não temos controle – tarifas e custos de transmissão de energia e variação do petróleo no mercado internacional -, nos cabe olhar de forma disciplinada para os nossos gastos e procurar geri-los da melhor maneira possível”, diz Carlos Castro, planejador financeiro e CEO da SuperRico.
Quanto às altas do gás, o especialista diz que não tem mágica: passe o seu orçamento na ponta do lápis e confira como preparar suas finanças para lidar com o impacto do preço.
O gás, vinculado ao petróleo, portanto uma commodity que acompanha a variação do mercado internacional, volta e meia sofre com variações de preço.
“Você vai precisar do gás. Não tem como não precisar. Você não consegue economizar gás. Não necessariamente você reduz o consumo. Então, eu recomendo que você reúna toda a sua renda, analise seus gastos e veja como o seu orçamento pode absorver essa variação e incorporar esse aumento sem grandes traumas”, diz o planejador financeiro.
Em último caso, o especialista recomenda o uso da reserva de emergência. “Se você viu que não deu, que o preço foi exorbitante, utilize a reserva de emergência. Aliás, se você faz um planejamento de um orçamento bem elaborado, você tem uma. E ela pode ser uma forma de amortizar o choque dessa alta”, conclui.
23 novembro, 2024
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