Por João Paulo Ferreira | 14 novembro, 2024 - 8:54
Na noite da última quarta-feira (13), duas explosões, com intervalo de 20 segundos, ocorreram na Praça dos Três Poderes, em Brasília, gerando alerta máximo e levando à suspensão das atividades no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Câmara dos Deputados. A primeira explosão foi registrada no estacionamento do Anexo IV da Câmara, seguida de uma segunda em frente ao STF, que matou Francisco Wanderley Luiz, apontado como o responsável pelo atentado.
Perfil e antecedentes do suspeito
Francisco Wanderley Luiz, identificado pela Polícia Civil e pela PF, era morador de Rio do Sul (SC) e candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em 2020. Sem histórico de crimes violentos, o homem era chaveiro e pai de dois filhos. Em publicações recentes nas redes sociais, sob o apelido de “Tiu França”, ele havia expressado críticas a lideranças públicas e compartilhado teorias de conspiração, sugerindo insatisfação com o cenário político atual. Ele também demonstrava afinidade com conteúdos de cunho radical.
Objetos apreendidos no carro e na residência de Francisco
A Polícia Federal relatou a apreensão de diversos materiais suspeitos no veículo do suspeito, incluindo fogos de artifício, tijolos e explosivos improvisados, que sugerem planejamento detalhado. Na residência alugada por ele em Ceilândia, foram encontrados outros explosivos semelhantes aos utilizados nos ataques, além de itens eletrônicos. Os policiais também recuperaram a CNH do suspeito e um notebook e um pen drive foram apreendidos em seu endereço em Santa Catarina, para análise.
Detalhes das explosões e tentativa de entrada no STF
Instantes antes da explosão fatal, Francisco Wanderley Luiz teria tentado entrar no STF e, ao ser abordado, ameaçou segurança local mostrando dispositivos amarrados ao corpo e arremessando um explosivo próximo ao prédio. Em seguida, ele se deitou no chão e acionou um explosivo fixado na nuca. Um vigilante relatou que, ao se aproximar do homem, identificou um dispositivo com contagem regressiva, que foi entendido como uma bomba. A PF trata o caso como um ato terrorista, conforme previsto pela Lei Antiterrorismo de 2016, e investiga possíveis motivações políticas.
Investigação avança com testemunhas e análise de perícia
Relatos de testemunhas e imagens de câmeras de segurança estão sendo analisados para entender a dinâmica dos eventos e verificar se Francisco agiu de forma isolada ou teve apoio externo. A funcionária Layana Costa, que presenciou a explosão em frente ao STF, afirmou que o homem parecia calmo ao acenar para os transeuntes minutos antes do ocorrido. Carlos Monteiro, dono de um food truck próximo ao local da explosão, relatou que viu o veículo em chamas e uma fumaça densa, o que causou pânico e aglomeração no local.
Questões ainda sem resposta
A PF trabalha para esclarecer pontos cruciais da investigação, como a origem dos explosivos, possíveis ligações com grupos ou pessoas influenciadas por teorias conspiratórias, e a real motivação de Francisco Wanderley Luiz. A origem e a finalidade dos materiais explosivos, além das ligações políticas do suspeito, são alvos das análises policiais, e a PF permanece com a segurança reforçada na Esplanada dos Ministérios enquanto busca por novas evidências.
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