Por João Paulo Ferreira | 3 dezembro, 2024 - 11:58
Daiane Dias, de 41 anos, ex-esposa de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, autor do atentado contra o Supremo Tribunal Federal (STF), faleceu nesta terça-feira (3) em decorrência de complicações causadas por queimaduras graves. A mulher estava internada na UTI do Hospital Tereza Ramos, em Lages (SC), onde chegou após sofrer queimaduras de 1°, 2° e 3° graus em um incêndio que ela própria provocou na residência em que vivia, em Rio do Sul, Santa Catarina.
A Secretaria de Saúde de Santa Catarina confirmou o óbito. Em nota, a direção do hospital informou que Daiane não resistiu às complicações de saúde. “O óbito foi comunicado à família e à Polícia Científica de Santa Catarina”, dizia o comunicado.
O incêndio ocorreu na manhã de 17 de novembro, quatro dias após o atentado de Tiü França em frente ao STF. O ataque foi realizado com explosões de fogos de artifício e tijolos no estacionamento anexo à Câmara dos Deputados. Daiane, que foi ouvida pela Polícia Federal no dia seguinte ao atentado, revelou que Francisco Luiz tinha como objetivo assassinar o ministro Alexandre de Moraes e outras pessoas presentes no momento.
De acordo com a Polícia Civil, Daiane adquiriu material inflamável na manhã de 17 de novembro e retornou à residência, onde iniciou o fogo e permaneceu no interior do imóvel, aparentemente em uma tentativa de tirar a própria vida. Perícias realizadas pela Polícia Científica identificaram vestígios de produto inflamável em uma jaqueta recolhida no local. Imagens de segurança reforçam a tese de que ela agiu sozinha.
O delegado Juliano Bridi afirmou que todas as evidências indicam que Daiane teve intenção deliberada ao provocar o incêndio. “Os vídeos e os materiais coletados comprovam que ela comprou o material e iniciou o fogo com o intuito de permanecer no local até o fim”, explicou o delegado.
O ataque ao STF, ocorrido na noite de 13 de novembro, resultou na morte de Francisco Wanderley Luiz, que era o proprietário do veículo utilizado no atentado. As explosões, que aconteceram em intervalos de 20 segundos, chamaram a atenção pelas características improvisadas dos materiais usados.
Francisco, que morreu no ataque, foi identificado pela Polícia Civil, e o caso segue como parte de uma investigação mais ampla sobre atos de violência contra instituições democráticas.
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