Por Redação | 4 maio, 2021 - 17:04
Desde o início da pandemia, o Governo Federal defende o uso precoce do medicamento cloroquina – com ineficácia cientificamente comprovada no combate ao novo coronavírus. A surpresa foi a possibilidade de alteração na bula do medicamento, para que fosse indicado no tratamento contra a covid-19, cogitada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) realizada nesta terça-feira (04), o ex-ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta comenta sobre a reunião de alteração. “Eu me lembro de quando, no final de um dia de reunião no Planalto, me pediram para entrar em uma sala onde se encontravam médicos e ministros que estavam com um tipo de decreto presidencial sobre a mudança no documento do medicamento”, comenta.
No entanto, o ex-ministro da Saúde, revelou que durante a mesma reunião o pedido foi negado pelo presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Antonio Barra Torres.
“O próprio presidente da Anvisa se assustou com aquele caminho, disse que não poderia concordar. Eu simplesmente disse que aquilo não era uma coisa séria e que eu não iria continuar naquilo dali, que o palco daquela discussão tem que ser no Conselho Federal de Medicina”, afirmou Mandetta.
O ex-ministro da Saúde conclui o seu depoimento relembrando um posicionamento em não é a favor. “Lembro-me de ouvir o presidente falar algumas vezes em adotar o chamado confinamento vertical, algo que eu não recomendo, finaliza.
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