Por Redação | 25 novembro, 2021 - 10:45
Passageiros ficaram feridos após uma pane em um avião da Azul que sairia do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, com destino a Guarulhos, em São Paulo, na madrugada desta quinta-feira (25).
Os passageiros precisaram sair pela saída de emergência.
De acordo com funcionários do aeroporto, alguns passageiros teriam ficado feridos ao descer pelo escorregador inflável do avião, modelo Airbus 320. A aeronave não chegou a decolar.
O voo 2751 sairia de Cuiabá as 2h (horário local) e chegaria em São Paulo às 5h05.
No site do Aeroporto Marechal Rondon o voo aparece cancelado.
A passageira Juliana Amorim estava no voo e conta sobre o susto.
“As comissárias começaram a falar que ia explodir o avião, que era para evacuar o avião e foi aquele desespero. Ninguém conseguia abrir porta. Eu não sei quantas pessoas já tinham saído na minha frente, mas consegui sair, graças a Deus, sem nenhum ferimento. Saí pela pelo escorregador (inflável). A gente via que tinha muita gente machucada, porque quando descia no escorregador, a turbina estava ligada, então ventava e derrubava as pessoas”, relata.
Ela também explica que escorregador de trás estava com maiores dificuldades.
“Não sei se é por causa da turbina ou porque não abriu tudo, ele não encostava no chão. Então tiveram pessoas que caíram lá de cima. Uma pessoa quebrou a perna ao cair”, afirma.
O passageiro Wenderson Campos conta que houve uma freada brusca e, em seguida, uma comissária de bordo gritou para que todos deixassem a aeronave pela saída de emergência.
“A comissária apareceu gritando, mandando todo mundo sair pela saída de emergência. O pessoal começou a empurrar e eu estava com uma criança. Todo mundo desceu pelo escorregador, atrás da turbina. Eu deixei meu bebê e voltei para pegar minha esposa e ela caiu e se machucou. Uma outra mulher quebrou o pé e uma grávida passou muito mal. Tinha apenas uma ambulância”, disse.
A mulher dele, Natalya do Nascimento Campos, falou que o socorro demorou a chegar.
“O atendimento do Samu e do Corpo de Bombeiros demorou muito. O pessoal não sabia o que tinha acontecido e não sabia passar para nós o que estava acontecendo. Os funcionários da Azul tentaram ajudar, separar quem estava mais machucado, mas até o momento ninguém ligou para passar nada para nós”, disse ela.
A naturóloga Andréia Gregoli afirma que o cheiro de fumaça e de combustível estava forte dentro do avião.
“Na hora que abriu a porta ficou mais intenso ainda. Quando descemos pelo escorregador, a turbina estava muito forte. Muitas pessoas caíram por causa disso”, relata.
23 novembro, 2024
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