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PF prende 19 por tráfico de 43 mil armas destinadas ao PCC

Dezenove pessoas foram presas durante a ação

Por Viviane Freitas | 6 dezembro, 2023 - 8:35

A Polícia Federal realizou nesta terça-feira (5) a megaoperação Dakovo, combatendo um esquema internacional de tráfico de armas envolvendo as facções criminosas brasileiras PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho). Esse esquema ilegal trouxe aproximadamente 43 mil armas ao Brasil em três anos, movimentando cerca de R$ 1,2 bilhão. Dezenove pessoas foram presas durante a ação.

O foco da investigação é uma empresa no Paraguai que importava armas de fabricantes na Croácia, Turquia, República Checa e Eslovênia. Essas armas, após terem suas identificações removidas, eram vendidas a intermediários na fronteira e, posteriormente, repassadas ao PCC e ao CV.

Foram cumpridos 31 mandados de prisão, sendo 25 preventivos (sem prazo definido) – oito no Brasil, 15 no Paraguai e dois nos Estados Unidos, embora estes últimos não pudessem ser efetuados a tempo segundo as leis do país. Além disso, houve seis mandados temporários, válidos por cinco dias e renováveis por mais cinco, sendo um no Brasil e cinco no Paraguai. A PF solicitou a inclusão de 21 investigados na lista de difusão vermelha da Interpol.

A operação, conduzida pela 2ª Vara Federal de Salvador, resultou em 54 mandados de busca e apreensão, com 38 deles cumpridos – 17 no Brasil e 21 no Paraguai. Foram apreendidos dólares, além de 2.325 armas, na sede da empresa em Assunção, e identificado o local usado para adulterar as armas.

No Brasil, as ações ocorreram em diversas cidades, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e outras. A Justiça baiana bloqueou R$ 66 milhões em bens dos investigados no Brasil e solicitou cooperação internacional para confisco de valores no Paraguai.

As investigações iniciaram em 2020, quando duas pessoas foram presas na Bahia com armamento ilegal. Durante três anos, a quadrilha foi responsável pela apreensão de 659 armas em dez estados brasileiros.

A PF interceptou comunicações entre suspeitos e líderes do PCC e do CV, evidenciando a negociação de armas de maior poder de fogo. O argentino Hernan Dirísio, proprietário da empresa no Paraguai e alvo da operação, é suspeito de coordenar trinta operações de tráfico internacional e está foragido.

O inquérito aponta que Dirísio estava ciente do destino das armas para o crime organizado. Havia dois fluxos financeiros: um para pagar pelas armas encomendadas pelas facções e outro que envolvia repasses aos fabricantes por meio da empresa de Dirísio.

A empresa usava um sistema de lavagem de dinheiro em Miami, transferindo valores para empresas fictícias nos EUA que, por sua vez, repassavam o dinheiro aos fabricantes na Europa. Após o bloqueio, Dirísio passou a buscar armas de fornecedores europeus em países como Croácia, Turquia, República Checa e Eslovênia.

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