Por João Paulo Ferreira | 22 dezembro, 2024 - 15:43
Um grave acidente ocorrido na madrugada do último sábado (21), na BR-116, em Lajinha, distrito de Teófilo Otoni, Minas Gerais, resultou na morte de pelo menos 41 pessoas e deixou 11 feridos. A colisão envolveu um ônibus, uma carreta que transportava um bloco de granito e um carro de passeio.
O acidente ocorreu por volta das 3h30, no km 285 da rodovia. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), há indícios de que o bloco de granito se soltou da carreta e atingiu o ônibus que seguia no sentido oposto. O impacto provocou um incêndio que consumiu os veículos. Um carro de passeio que vinha atrás também colidiu com o ônibus.
Inicialmente, o número de mortos era estimado em 38, mas a Polícia Civil confirmou no domingo (22) que 41 corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) em Belo Horizonte. Entre as vítimas identificadas estão sete homens, incluindo um adolescente de 12 anos, e quatro mulheres. Os nomes das vítimas ainda não foram divulgados.
Dos 11 feridos, sete foram levados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e quatro ao Hospital Santa Rosália, em Teófilo Otoni.
O ônibus da empresa Emtram, que partiu de São Paulo na sexta-feira (20), às 7h, tinha como destino a cidade de Elísio Medrado, na Bahia. No veículo estavam 45 pessoas, incluindo o motorista. A empresa afirmou que o veículo estava com a manutenção em dia e ofereceu suporte às vítimas e familiares.
O motorista da carreta, cuja carga de granito possivelmente excedia o peso permitido, está sendo investigado. Segundo a polícia, ele já tinha a carteira de motorista apreendida há dois anos e é considerado foragido. O condutor do carro de passeio não foi encontrado no local.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o excesso de peso do bloco de granito foi um fator determinante para o acidente. Notas fiscais indicam que a carga saiu do Ceará com destino ao Espírito Santo. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) confirmou que o ônibus estava em conformidade com as normas regulatórias.
O trecho da rodovia onde ocorreu o acidente havia recentemente tido radares de controle de velocidade removidos, o que, segundo moradores, contribuiu para o aumento de acidentes no local. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) prevê a instalação de novos radares apenas em 2025.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e autoridades de São Paulo lamentaram a tragédia e ofereceram suporte às famílias das vítimas.
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