Por Redação | 3 dezembro, 2021 - 15:40
A história de Vânia Basílio Rocha, 24, que matou um ex-namorado durante uma relação sexual, voltou a ser assunto no TikTok na última semana, onde um único vídeo sobre a história ganhou mais de 11,7 milhões de visualizações. Mas, apesar da volta às “manchetes”, o caso chocou a população de Vilhena (RO) já há alguns anos, no dia 30 de dezembro de 2015. Na ocasião, a vendedora esfaqueou Marcos Catanio Porto, 26, após três meses arquitetando uma lista de possíveis mortes com três opções: o ex-namorado, um amigo e um rapaz com quem se relacionava. Na noite anterior ao assassinato, apenas Marcos respondeu às ligações de Vânia e marcou um encontro com ela.
“Deu vontade de matar ele”, justificou a mulher, à época com 18 anos, na entrevista que viralizou no TikTok, logo após sua prisão em flagrante. Ao ser questionada se não se arrependia do crime, Vânia foi categórica: “Não”. O perito Luigi Thiago, responsável por reviver o caso nas redes sociais, analisou as expressões da condenada, afirmando que o sorriso contido da vendedora após negar o arrependimento é sinal de “maldade demasiada”.
Em maio de 2016, o TJ-RO (Tribunal de Justiça de Rondônia) solicitou laudos periciais à Polícia Civil de Vilhena, que, com apoio de um médico psiquiatra, classificou Vânia como uma psicopata, recomendando acompanhamento psicológico e vigilância durante o tratamento. Com o diagnóstico, a juíza Liliane Pegoraro Bilharva, da 1ª Vara Criminal da cidade, determinou que a acusada era “semi-imputável”, já que “apesar de sofrer de perturbação da saúde mental”, ela apresentou plena capacidade de entender que havia cometido um crime.
A magistrada decidiu que, se condenada, Vânia permaneceria em presídio, mas com tratamento adequado. Ainda em 2016, a ré foi condenada a oito anos e 4 meses de prisão. Ela progrediu para o regime semiaberto em setembro deste ano, após passar por nova avaliação psiquiátrica.
Irmão de vítima denunciou crime
Vânia foi presa em flagrante após ser acuada pelos próprios familiares de Marcos, que ouviram os gritos por socorro do rapaz durante os 11 golpes de faca por seu corpo, um deles no pescoço. O irmão e um amigo da vítima conseguiram arrombar a porta do quarto da vítima e encontraram a condenada ainda em cima de seu corpo.
Sem roupa, a mulher tentou se esconder no banheiro, mas foi presa em flagrante no próprio local. “Ele segurou minha mão até morrer e eu corri para o banheiro quando o irmão dele chegou e pedi para chamar a polícia”, declarou ela logo após a prisão, antes de ser encaminhada ao presídio feminino de Vilhena.
Condenada se casou ainda presa
Vânia chegou a se casar de novo enquanto ainda estava em regime fechado, em janeiro de 2019. Ela e Luiz Fernando dos Santos, que também estava detido em um presídio de Vilhena, por assalto, obtiveram autorização da Justiça para oficializar o enlace em um cartório.
Luiz prestava serviços ao Corpo de Bombeiros e chegou ao local do casamento em um caminhão da corporação, além de ter um militar do batalhão como testemunha da união. O casamento não trouxe benefícios para as penas de ambos e para realizar visitas um ao outro o casal precisava de autorização da Justiça. Menos de um ano depois, em novembro, o noivo anunciou que os dois estavam em processo de divórcio.
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23 novembro, 2024
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