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Campo Grande lidera ranking nacional de escolares que já experimentaram cigarro eletrônico, naguilé e cigarro

41,5% dos entrevistados disseram que fumaram cigarro pelos menos alguma vez

Por Redação | 13 julho, 2022 - 16:26

A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2019, divulgada nesta quarta-feira (13) pelo IBGE, traz informações sobre alimentação, atividade física, cigarro, álcool, outras drogas, situações em casa e na escola, saúde mental, saúde sexual e reprodutiva, higiene e saúde bucal, segurança, uso dos serviços de saúde, características gerais dos escolares, características do ambiente escolar, entre outros, dos alunos escolares do 9º ano do ensino fundamental.

Nós conversamos com uma aluna um pouco mais velha, que já está no 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Vespasiano Martins, que vamos preservar a identidade por segurança, e ela nos disse que a situação é mais comum que os pais imaginam. “Sim, é comum! Na maioria das vezes, na saída, os alunos costumam usar o tal do vape (tipo de cigarro eletrônico). Eles oferecem entre os amigos! Cigarro normalmente é mais com os alunos mais velhos, do 3º ano”.

O estudo também investigou a experimentação ou início da exposição ao tabaco através do cigarro pelos adolescentes do 9º ano. Nesse quesito, Campo Grande lidera o ranking nacional, com 41,5% dos escolares que fumaram cigarro pelos menos alguma vez. Na sequência, estão Rio Branco (30,9%) e Palmas (29,1%). Na contramão, Aracaju (11,5%) e Teresina (15,1%) apresentaram os menores índices. No Brasil, esse índice foi de 21,0%.

Ainda em Campo Grande, na divisão por sexo, 45,8% dos estudantes campo-grandenses eram mulheres e 36,4% homens. Na divisão por unidade administrativa da instituição, 47,5% eram da escola pública e 13,3% do ensino privado.

Para um consumo recente de cigarros, ao menos em um ou dois dias, nos 30 dias antes da pesquisa, Campo Grande
também lidera o ranking comparativo com as demais capitais brasileiras. Dos 13,8% dos escolares que responderam positivamente para a pergunta, 15,7% eram da escola pública e 4,6% do ensino privado.

Em relação ao percentual de escolares do 9º ano do ensino fundamental que alguma vez na vida experimentou narguilé, Campo Grande novamente lidera o Ranking nacional, com 51,1% dos estudantes que responderam positivamente para a pergunta. Na sequência, estão Brasília ( 46,7 %) e Curitiba (44,5%). Os menores índices foram encontrados em Belém e Macapá, ambas com 10,2%. No Brasil, esse índice foi de 28,9%.

No quesito consumo de cigarro eletrônico (e-cigarrette), a capital sul-mato-grossense também se destaca em relação às demais capitais, configurando o primeiro lugar no ranking, com 30,9% dos estudantes do 9º ano do
ensino fundamental que experimentaram alguma vez o produto em questão. Brasília (29,0%) e Goiânia (25,2%)
figuram a segunda e a terceira posição. Os menores percentuais foram encontrados em Maceió (10,4%) e em
Manaus (9,7%).

Consumo de álcool é grande, principalmente entre as meninas

A experimentação de bebida alcóolica entre os estudantes campo-grandenses do 9º ano do ensino fundamental foi de 67,1%. Esse percentual foi maior entre as meninas, sendo que 70,8% delas afirmaram que já experimentaram bebida alcoólica alguma vez, em 2019. Para os meninos, o indicador foi de 62,7%. Na divisão por unidade administrativa da instituição de ensino, 70% eram da escola pública e 53,5% do privado.

Em Campo Grande, o percentual de escolares do 9º ano do ensino fundamental que sofreram algum episódio de
embriaguez na vida foi de 53%. Na divisão por sexo, 56,8% dos estudantes campo-grandenses eram mulheres e
47,7% homens.

Já o percentual de escolares do 9º ano do ensino fundamental, em Campo Grande, que tiveram problemas com
família ou amigos, perderam aulas ou brigaram, uma ou mais vezes, porque tinham bebido, foi de 19,6%. Esse é o
maior índice entre as capitais brasileiras. Recife (19,5 %) e Brasília (19,3%) figuram a segunda e a terceira posição.
Os menores percentuais foram encontrados em Manaus (10,8%) e em Boa Vista (9,2%).

Campo Grande lidera ranking de experimentação de drogas antes dos 14 anos de idade

A experimentação ou exposição ao uso de drogas também foi investigada na pesquisa. Em Campo Grande, o percentual de escolares do 9º ano do ensino fundamental que experimentaram drogas ilícitas alguma vez na vida
foi de 19,3%. Novamente, esse é o maior índice entre as capitais brasileiras. Na divisão por unidade administrativa
da instituição, 22,5% eram da escola pública e 3,8% do ensino privado. Por sexo, 22,6% dos estudantes campo-grandenses eram mulheres e 15,2% homens. No país, esse índice foi de 12,1%.

Já o percentual de escolares campo-grandenses do 9º ano do ensino fundamental que usaram drogas ilícitas pela primeira vez com 13 anos ou menos foi de 11,9%, se destacando, mais uma vez, entre as demais 26 capitais brasileiras pesquisadas.

Na capital sul-mato-grossense, 27,4% dos alunos do 9º ano já tiveram relações sexuais. Percentual é maior entre
alunos da rede pública

Perguntou-se também se os alunos já praticaram relação sexual alguma vez. Em Campo Grande, 27,4% dos alunos responderam positivamente para a questão. O número é o 13º menor entre as Capitais. Curitiba registrou o menor valor (16%), enquanto Manaus teve o maior percentual (45,1%). Quanto ao sexo, 31,8% dos meninos alegaram já terem tido relações. Dentre as meninas, 23,8%. Nas escolas públicas, 31% dos entrevistados alegaram já terem tido relações. Nas escolas privadas, 10%.

Na capital, dos alunos do 9º ano que se declararam como inciados nas relações sexuais, 67,7% disseram que um
dos parceiros havia usado preservativo na primeira relação. O número para os estudantes do sexo masculino foi de 77,5%. Já para o feminino, 56,9%. Em escolas públicas, o percentual registrado foi de 67%. Já nas particulares, 77,8%.

Quanto à última relação sexual, em Campo Grande, o percentual de alunos em que um dos parceiros usou preservativo foi de 62%. Quando o sexo do aluno era masculino, este percentual subiu para 72,8%. Já quando feminino, caiu para 50%. Quando comparados os números de colégios públicos e privados, para os primeiros o
percentual ficou em 61,6%. Para os últimos, 67,5%.

Uso da pílula do dia seguinte entre os escolares foi de 30,7% na capital

Em Campo Grande, dentre os entrevistados que já tiveram relações sexuais, 30,7% fizeram uso de pílula do dia seguinte pelo menos uma vez. O percenutal é o 6º maior entre as caitais. Belo Horizonte tem o maior, com 33%. Curitiba registrou o menor, com 14,8%. Em Campo Grande, 68,1% dos que usaram a pílula compraram o
medicamento nas farmácias e 13,5% obtiveram no sistema de saúde.

Capital registrou os piores índices de saúde mental em três dos sete temas pesquisados

Quanto à saúde mental, também foram feitas diversas perguntas. Campo Grande acaba por ganhar destaque negativo. Dentre as perguntas feitas, questionou-se se o escolar não tinha amigos próximos. Dentre os investigados, 3,1% dos estudantes em Campo Grande disseram não ter amigos próximos. O número é o 12º menor entre as capitais. Salvador registrou o maior percentual (5,7%). Já Porto Alegre (1,8%), o menor.

Em 3º lugar entre as capitais, 39,4% dos alunos entrevistados alegaram que se sentiram tristes na maioria das vezes ou sempre, nos 30 dias anteriores à pesquisa

Na capital, 37,7% dos alunos do 9º ano sentiram que ninguém se preocupava com eles (as) na maioria das vezes
ou sempre, nos 30 dias anteriores à pesquisa. O número é o segundo maior dentre as capitais, perdendo apenas
para Palmas, com 38,8%.

Capital regista maior percentual de alunos nervosos e irritados

Dentre as capitais, Campo Grande registrou o maior percentual (50,1%) de alunos que se sentiram irritados, nervosos ou mal-humorados na maioria das vezes ou sempre, nos 30 dias anteriores à pesquisa. A média nacional
foi de 43,9%.

Campo Grande registra maior percentual de alunos que sentiam que a vida não valia a pena ser vivida

Campo Grande também registrou o maior percentual entre as capitais quando se perguntou aos alunos se eles
sentiam que a vida não valia a pena ser vivida. Nessa variável, 33,4% dos alunos concordaram com tal afirmação.
O segundo maior percentual ficou com São Luís (32,1%). O menor, com Porto Alegre (17,7%). A média nacional foi
de 24,1%.

Alunos da capital são os que mais autoavaliam sua saúde mental como negativa

Em Campo Grande, 26,1% dos alunos entrevistados avaliaram negativamente sua saúde mental. O percentual é,
novamente, o maior dentre as capitais. Nesse contexto, 38,2% das meninas avaliaram sua saúde mental como negativa, enquanto 11% dos meninos o fizeram. Nas escolas públcias este percentual ficou em 28,1%. Já nas particulares, o número caiu para 17%.

Campo Grande registra o maior índice de brigas com luta física entre os estudantes

Em Campo Grande, 12,6% dos respondentes alegaram não comparecer à escola por falta de segurança. Nas escolas públicas, o valor era de 13,3%. Nas privadas, 9,3%. O percentual de escolares do 9° ano que estiveram envolvidos em briga com luta física foi 19,2%. Esse foi o maior percentual registrado entres as capitais brasileiras, seguido de Recife 18,8% e Cuiabá 16,3%.

Percentual de escolares que sofreram alguma violência sexual é maior entre as mulheres

Campo grande registrou o 11° percentual entre as capitais quanto ao número de estudantes que informaram terem sido agredidos fisicamente alguma vez pela mãe, pai ou responsável (26,9%). Nesse contexto, 16% dos alunos alegaram que alguma vez na vida alguém os(as) manipulou, beijou, expôs ou tocou partes do corpo contra sua vontade, correspondendo ao quinto maior valor entre as capitais. Entre os meninos, o percentual foi de 9,8%. Entre as mulheres, 21,1%.

A pesquisa também investigou o número de alunos que sofreram alguma violência sexual. Em Campo Grande, 9,2% dos entrevistados alegaram que alguma vez na vida alguém ameaçou, intimidou ou obrigou a ter relações sexuais ou qualquer outro ato sexual contra sua vontade. O número foi de 5,2% dentre os meninos e de 12,5% entre as meninas. No ranking, essa é a 2ª maior porcentagem dentre as capitais brasileiras.

Campo Grande fica em 17º quando o assunto é possuir pia ou lavatório e sabão para lavagem das mãos

Em Campo Grande, 100% dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental de escolas públicas e particulares informaram possuir água potável nas insituições de ensino. Essa porcentagem também se repete em outras variáveis, tanto para escolas particulares quanto para escolas públicas, nos quesitos: possuir banheiros em condições de uso, banheiros separados por sexo em condição de uso, oferta de papel higiênico para uso nos banheiros e possuir pia ou lavatório em condições de uso onde os escolares pudessem lavar as mãos. Mas quando perguntado se a dependência administrativa tinha sabão para lavagem das mãos, esse número era de 55,5% nas escolas públicas e 100,0% das escolas privadas. Ao juntar as duas últimas variáveis, possuir pia ou lavatório e sabão para lavagem das mãos, os escolares responderam que 55,5% das escolas públicas e 100,0% das escolas privadas tinham à disposição esses itens. Nesse último quesito, Campo Grande fica em 17º lugar no ranking se comparado com as outras capitais, sendo Porto Velho e São Luís (100,0%) dividindo a primeira colocação e Maceió (14,0%) na última.

Índice de alunos de que deixaram de lavar as mãos antes de comer é maior nas escolas privadas

Na análise do percentual de escolares do 9º ano do Ensino Fundamental, que nunca ou raramente lavavam as mãos antes de comer, nos respectivos casos de sexo e dependência administrativa da escola, que apenas 9,2% deixaram de praticar tal higiene preventiva. Desse total levantado, 8,4% são homens e 9,9% são mulheres. Quanto à dependência administrativa, 8,8% são oriundos da escola pública e 11,3% são dados referentes à escola privada.

O percentual de escolares do 9º ano do ensino eundamental, que nunca ou raramente lavavam as mãos após usar o banheiro ou o vaso sanitário foi de 3,9%. O percentual de estudante que nunca ou raramente usavam sabão ou sabonete quando lavavam as mãos, acrescentando a distinção por sexo, em Campo Grande, foi de 5,7%, onde, dentro desse percentual, 5,7% foram de homens e 5,7% foram de mulheres.

O percentual de escolares que escovavam os dentes em frequência igual ou superior a três vezes por dia foi de 65,4%. Na divisão por sexo, 60,2% eram homens e 69% mulheres. Por dependência administrativa, 67,8% eram de escolas públicas e 54,0% eram de escolas privadas.

 

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