Por João Paulo Ferreira | 30 janeiro, 2020 - 16:02
A maior festa da cultura popular brasileira está chegando: Carnaval. O bloco Capivara Blasé, que reuniu no ano passado 45 mil foliões em seu dia de carnaval, quer que a festa também seja de harmonia quando se trata de preservação e valorização do patrimônio histórico campo-grandense. Isto porque o carnaval é realizado na Esplanada Ferroviária, local que foi tombado em 2009.
No dia 27 de janeiro, a equipe de produção e assessoria do bloco esteve na sede regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para participar do Educa Iphan. O programa, há 2 anos, informa ao público a importância da preservação e de salvaguardar os patrimônios culturais do nosso Estado.
Neste ano, a organização do Capivara Blasé resolveu adotar medidas para valorizar o espaço utilizado pelo bloco há 7 anos e ter a oportunidade de conscientizar os foliões sobre o uso do local consciente, pois trata-se de um local de grande importância histórica e cultural para a cidade.
Entre as ações que fazem parte da campanha, o bloco destaca a parceria com uma associação de catadores durante os dias de pré-Carnaval e Carnaval, ações de conscientização sobre uso de copos reutilizáveis, conteúdos socioeducativos nas redes sociais sobre a história do Complexo Ferroviário da Noroeste do Brasil e sua importância como Patrimônio Cultural Nacional, painéis sobre Educação Patrimonial, entre outros.
“Para dar início na produção de nossa campanha de educação patrimonial é essencial que tenhamos conhecimento e base teórica sobre a história e cultura do espaço que a população utiliza nos dias de folia. Procuramos a instituição para realizar essa imersão sobre o patrimônio, que é tão valioso para a história não apenas do nosso Estado, mas do próprio carnaval sul-mato-grossense”, ressalta Vitor Hugo Samúdio, um dos organizadores do bloco Capivara Blasé.
O Complexo da Esplanada Ferroviária, que abriga hoje aproximadamente 135 imóveis, não foi apenas palco do desenvolvimento econômico do país (um dos principais motivos para que fosse tombado como patrimônio a nível federal), mas foi também importante local para a vinda da festividade no Estado, já que pelos trilhos o ritmo do samba chegou aos trabalhadores da Noroeste do Brasil. E foi neste local que, no ano de 1975, através de um time de futebol amador dos ferroviários, nascia a primeira escola de samba da Capital, a Igrejinha. O Capivara Blasé vai divulgar a campanha nas redes sociais.
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