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Cesta básica de Campo Grande cai em junho e valor médio está em R$ 702,65

Capital sul-mato-grossense tem a 5ª cesta básica mais cara entre as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese

Por Redação | 6 julho, 2022 - 16:35

O valor da cesta básica em Campo Grande baixou em junho, aponta o levantamento feito pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Segundo a pesquisa, a Capital Morena teve uma retração de -0,49%. Agora, o valor dos itens sai por R$ 702,65, quinto maior valor do país entre as capitais pesquisadas.

Segundo o levantamento, o valor da cesta básica para uma família, composta por quatro pessoas fica em R$ 2.107,95. A variação em 2022  é de 9,55%, já nos últimos 12 meses, os números apontam um aumento de incríveis 23,97%, o terceiro maior do país.

A carne bovina foi o único alimento a não registrar variação de preço em junho. O preço médio do quilo da proteína foi comercializado a R$ 40,48, assim como no mês de maio. Pelo segundo mês consecutivo a batata (-19,60%) e  o tomate (-17,47%) apresentaram as retrações mais expressivas. O preço médio de um quilo do tubérculo passou de
R$ 5,37 para R$ 4,80, e o do fruto passou de R$ 6,41 para R$ 5,29. Também registraram variação negativa de preços o óleo de soja (-2,91%), o açúcar cristal (-2,87%) – que completou um trimestre de queda, e o arroz agulhinha (-2,52%).

Há cinco meses em alta, o leite de caixinha (12,95%) registrou a terceira alta mais expressiva do país em junho, com preço médio de R$ 6,28 o litro. Além do leite, o feijão carioquinha (8,19%), a manteiga (5,69%), a banana (3,44%),
a farinha de trigo (2,11%), o pãozinho francês (1,01%) e o café em pó (0,65%) registraram alta de preços.

A jornada de trabalho necessária para se adquirir uma cesta básica na capital em Junho foi de 127 horas e 32 minutos. O percentual do salário mínimo líquido4 gasto para compra dos treze itens da cesta básica para uma pessoa adulta chegou a 62,68%.

MOTIVOS DAS VARIAÇÕES

Leite integral e manteiga: O período de entressafra e o impacto da estiagem nas pastagens reduziram a oferta do leite que, somada aos altos custos de produção, com alimentação do gado e medicamentos, resultaram em elevação do preço do produto no campo. Do lado da demanda, tem havido disputa entre as indústrias de laticínios na compra da matéria-prima para a produção dos derivados lácteos. Todos esses fatores ocasionaram a alta dos preços médios do leite UHT e da manteiga. Vale destacar o impacto da desvalorização do real frente ao dólar no preço da manteiga, uma vez que parte do que é consumido no Brasil, é importada.

Pão francês: Apesar do preço internacional estar em queda, no Brasil, a baixa oferta de trigo no país e a taxa de câmbio desvalorizada elevaram o preço do grão e dos seus derivados.

Feijão carioquinha:  Altas foram explicadas pela baixa oferta do grão

Feijão preto: Diminuição se deve ao bom resultado da produção nacional que aumentou o volume de grãos comercializados e levou à redução das cotações.

Café em pó: Apesar do avanço da colheita, a oferta foi menor e o preço seguiu com tendência de alta.

Batata: Queda em todo o país em consequência da maior oferta em razão da intensificação da colheita da safra de inverno.

 

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