Fale Conosco Entre em Nosso Grupo Fale com a Redação Cesta Básica de Campo Grande registra discreta queda de preços após quatro meses de altas - Jornal OSM - O sul-mato-grossense
Destaques
Capital

Cesta Básica de Campo Grande registra discreta queda de preços após quatro meses de altas

Custo dos produtos chega a R$645,17, custando 63,41% do salário mínimo

Por Redação | 7 dezembro, 2021 - 14:34

Após quatro meses com altas, a cesta básica de alimentos teve uma leve baixa em Campo Grande, ficando 1,26% mais barata. A valor chegou a R$645,17 no mês de novembro, custando 63,41% do salário mínimo, o que representa que um trabalhador que ganha um salário mínimo, precisa trabalhar 129 horas e 2 minutos por mês para conseguir comprar os produtos. Em 2021, a alta já é de 11,92%.

O custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em nove cidades, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em 17 capitais. As maiores altas foram registradas nas cidades do Norte e do Nordeste: Recife (8,13%), Salvador (3,76%), João Pessoa (3,62%), Natal (3,25%), Fortaleza (2,91%), Belém (2,27%) e Aracaju
(1,96%). Florianópolis (1,40%) e Goiânia (1,33%) também apresentaram elevação no custo médio. As reduções mais importantes ocorreram em Brasília (-1,88%), Campo Grande (-1,26%) e no Rio de Janeiro (-1,22%).

A cesta mais cara foi a de Florianópolis (R$ 710,53), seguida pelas de São Paulo (R$ 692,27), Porto Alegre (R$ 685,32), Vitória (R$ 668,17) e Rio de Janeiro (R$ 665,60). Entre as capitais do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta tem algumas diferenças em relação às demais cidades, Aracaju (R$ 473,26), Salvador (R$ 505,94) e João Pessoa (R$ 508,91) registraram os menores custos.

Ao comparar novembro de 2020 e novembro de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os maiores percentuais foram observados em Curitiba (16,75%),  Florianópolis (15,16%), Natal (14,41%), Recife (13,34%) e Belém (13,18%).

Entre janeiro e novembro de 2021, todas as capitais acumularam alta, com taxas entre 4,44%, em Aracaju, e 18,25%, em Curitiba.

Com base na cesta mais cara que, em novembro, foi a de Florianópolis, o DIEESE estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.969,17, o que corresponde a 5,42 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Já em outubro, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.886,50, ou 5,35 vezes o piso em vigor.

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em novembro, ficou em 119 horas e 58 minutos (média entre as 17 capitais), maior do que em outubro, quando foi de 118 horas e 45 minutos. Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em novembro, 58,95% (média entre as 17 capitais) do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em outubro, o percentual foi de 58,35%.

Principais variações dos produtos

• O preço do quilo do café em pó subiu em todas as capitais, com destaque para as variações registradas em Recife (23,63%), Florianópolis (11,94%), Rio de Janeiro (11,39%), Porto Alegre (10,03%) e Curitiba (9,46%). A preocupação com o clima, ou seja, com impactos da geada na safra 2022/2023, repercutiu nos preços do café, tanto no mercado futuro quanto no varejo.

• O preço do quilo do açúcar aumentou em 16 capitais e as altas oscilaram entre 0,51%, em Natal, e 7,24%, em  Florianópolis. Em Belo Horizonte, não houve variação. A baixa oferta de açúcar elevou as cotações no varejo.

• O óleo de soja registrou elevação em 16 capitais, entre outubro e novembro. As maiores variações ocorreram em Aracaju (5,64%), Florianópolis (4,19%) e Fortaleza (4,16%). A alta nos preços externos da soja, a maior demanda pelo óleo e a valorização do dólar frente ao real explicaram o aumento do óleo de soja no varejo.

• O preço do feijão recuou em todas as capitais. Para o tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, as retrações oscilaram entre -4,97%, em Belo Horizonte, e -0,40%, em Brasília. Já as quedas do preço do feijão preto, pesquisado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro,
variaram entre e -3,05%, no Rio de Janeiro, e -0,13%, em Curitiba. Os altos patamares de preço do feijão inibiram a demanda, forçando os valores para baixo. Além disso, a maior oferta, pela colheita do sudoeste de São Paulo, reduziu os preços no varejo.

• O preço do arroz agulhinha diminuiu em 15 capitais; as quedas mais importantes foram registradas no Rio de Janeiro (-5,54%), Aracaju (-4,10%), Salvador (-3,12%) e Brasília (-2,79%). A menor comercialização do arroz, devido à baixa demanda, e a expectativa de estoques elevados do grão resultaram na redução das cotações nas capitais pesquisadas.

• O valor médio do litro do leite integral diminuiu em 13 capitais, com destaque para as taxas de Vitória (-4,84%), Curitiba (-3,70%), Rio de Janeiro (-3,21%), Belo Horizonte (-3,15%) e Campo Grande (-3,12%). Houve melhora nas pastagens e o período é de elevação de oferta, o que explica as quedas na maior parte das cidades.

• A carne bovina de primeira teve o preço reduzido em 11 capitais. A oferta foi menor, consequência do período de entressafra da carne bovina. Entretanto, no varejo, o movimento foi de redução nas cotações, na maior parte das cidades; pois, além da sanção chinesa à carne brasileira, os altos patamares de preço da carne bovina de primeira inviabilizam o acesso de grande parte das famílias brasileiras. As capitais que tiveram maior recuo nos preços foram Natal (-2,75%), Goiânia (-0,76%) e Campo Grande (-2,19%).

CAMPO GRANDE – NÚMEROS DE NOVEMBRO

• Valor da cesta: R$ 645,17.

• Valor da cesta básica para uma família, composta por quatro pessoas: R$ 1.935,51.

• Variação mensal: (-1,26%).

• Variação no ano: 11,92%.

• Variação em 12 meses: 9,52%.

• Com preço médio de R$ 6,21 o quilo, o item com retração mais expressiva foi o tomate (-9,48%), seguido por leite de caixinha (-3,12%), carne bovina (-2,19%), batata (-1,83%), feijão carioquinha (-1,09%) e arroz agulhinha (-0,47%).

• Com preço médio de R$ 13,22 o pacote de 500 gramas, o café em pó (8,19%) foi o alimento com maior variação no mês de Novembro.

• Também registraram alta de preços o açúcar cristal (6,39%), a banana (3,67%), o óleo de soja (3,22%), a farinha (3,13%), o pãozinho francês (1,01%) e a manteiga (0,20%).

• A jornada de trabalho necessária para adquirir uma cesta básica em Novembro foi de 129 horas e 02 minutos.

• Percentual do salário mínimo líquido gasto para compra dos produtos da cesta para uma pessoa adulta: 63,41% (redução de 0,81 p.p. em relação à Outubro).

 

Mais Notícias
Economia

Campo Grande cresce no mercado de franquias e alcança a 5ª posição em faturamento no Brasil

24 novembro, 2024

Oportunidade

Inscrições para processo seletivo do MPMS vão até quarta-feira

24 novembro, 2024

Saúde

MS registra 30 mortes e mais de 16 mil casos confirmados de dengue em 2024

24 novembro, 2024

Feito com amor ♥ no glorioso Estado de Mato Grosso do Sul - Design por Argo Soluções