Por João Paulo Ferreira | 14 março, 2020 - 17:30
A Federação Internacional de Voleibol (FIVB, na sigla em inglês) anunciou, na última sexta-feira (13), por meio de nota oficial, o adiamento do início da Liga das Nações para depois dos Jogos Olímpicos de Verão, de Tóquio-2020, previstos para serem disputados entre 24 de julho e 9 de agosto.
A medida, alinhada às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), visa evitar aglomerações, que facilitam o contágio do coronavírus (Covid-19), em estágio de pandemia. A nova data da competição ainda será confirmada pela entidade.
Campo Grande receberia etapa da Liga das Nações, na fase de grupos masculina, entre os dias 19 e 21 de junho, com a participação das seleções de Brasil, Alemanha, Itália e Rússia. O torneio internacional também marcaria a reabertura do Ginásio Poliesportivo Avelino dos Reis, o Guanandizão, interditado desde 2013, e que passa por reforma com recursos do Governo do Estado.
Para sediar o torneio mundial, o Governo do Estado desembolsará R$ 1,3 milhão de recursos próprios à Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e Federação Estadual de Voleibol (FVMS). De acordo com o diretor-presidente da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte), Marcelo Ferreira Miranda, o adiamento por parte da FIVB não altera o processo de disponibilização da verba para a realização da Liga.
“O recurso disponibilizado pelo Governo do Estado já se encontra em processo de convênio e em nada será afetado para a realização do torneio em Campo Grande. Estamos só aguardando a Federação Internacional remarcar a data. O Guanandizão estará completamente pronto para sediar este grande evento. O fãs de voleibol e amantes de esporte, de modo geral, podem ficar tranquilos, porque veremos nossa seleção jogar na Capital”, afirma Miranda.
A Liga das Nações estava prevista para ter início no mês de maio, visto que a fase classificatória é realizada em diversos países. Conforme a FIVB, as etapas decisivas do gênero masculino estavam agendadas para Itália, uma das nações significativamente afetada pelo surto da doença.
Confira a nota oficial da entidade internacional:
“Lausanne, Suíça, 13 de março de 2020
A FIVB continua monitorando o surto de coronavírus (COVID-19) de hora em hora e, com a orientação das autoridades nacionais e globais, determinou que as seguintes políticas serão introduzidas com efeito imediato, para proteger o bem-estar da família do voleibol.
A FIVB, em estreita consulta com todas as Federações Nacionais participantes e autoridades relevantes, e com a aprovação do Conselho de Administração da FIVB, decidiu adiar a Liga das Nações de Voleibol (VNL) 2020 até depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. A saúde e o bem-estar de atletas, oficiais e torcedores, é a maior prioridade da FIVB e essa medida de precaução está sendo adotada no melhor interesse de todos os envolvidos.
A decisão de adiar o VNL garantirá que os atletas possam se concentrar em cuidar de sua saúde e condicionamento físico e permitirá que as ligas nacionais, que atualmente precisam suspender os eventos, concluam suas temporadas quando a situação melhorar. A FIVB está, é claro, olhando para o futuro com otimismo e está trabalhando em estreita colaboração com as Federações Nacionais e os organizadores de eventos relevantes para encontrar uma data apropriada para sediar a VNL após os Jogos Olímpicos.
Em relação aos eventos de vôlei de praia, devido à natureza de seu calendário de eventos, foi acordado que, nesta fase, a FIVB continuará a avaliar o status de cada evento caso a caso, trabalhando em estreita colaboração com a organizadores do evento e autoridades nacionais. Atualmente, a FIVB cancelou um evento e adiou outro em abril devido ao surto. Caso haja alterações adicionais no calendário de eventos, a FIVB alertará todas as partes interessadas o mais rápido possível.
A FIVB é solidária com todos os membros da família do voleibol e expressamos nossas mais profundas simpatias pelas pessoas afetadas pelo surto. A FIVB também mantém diálogo regular com autoridades nacionais e globais, incluindo o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) para manter-se atualizado com os mais recentes conselhos médicos especializados”
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