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Engenheiro agrônomo explica motivos da queda de árvores em Campo Grande e dá dicas de como mantê-las saudáveis

Em Campo Grande, uma das cidades mais arborizadas do país, com mais de 150 mil exemplares, uma das consequências do episódio foi a queda de inúmeras árvores

Por Viviane Freitas | 19 outubro, 2021 - 15:10


Na última sexta-feira (15) algumas cidades de Mato Grosso do Sul registraram o fenômeno meteorológico denominado nuvem de poeira, o conhecido “haboob”. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) as maiores de rajadas de vento foram em Corumbá (145 km/h), Rio Brilhante (110 km/h) e em Campo Grande (102 km/h).

Em Campo Grande, uma das cidades mais arborizadas do país, com mais de 150 mil exemplares, uma das consequências do episódio foi a queda de inúmeras árvores. O engenheiro agrônomo e gerente do departamento de assessoria técnica do Crea-MS, Jason Oliveira, explica que vários fatores contribuíram para a queda das árvores.

De acordo com ele, Campo Grande é uma cidade conhecida por sua arborização, o que traz grandes benefícios ambientais, sociais e econômicos, além é claro, de embelezar e proporcionar conforto térmico. “Mas é justamente por ter essa grande população arbórea que há um maior índice de quedas, que está associada a diversos fatores, principalmente a cuidados, como condução, manejo e poda, local de plantio e solo, mas certamente, o maior deles, foi o fenômeno climático atípico a que fomos acometidos”, pontuou.

Exemplares de diversas espécies plantadas na cidade sofreram queda, como Ipês, que são nativos do cerrado; frutíferas como as mangueiras; e também as de grande porte, como é o caso dos fícus. Jason explica que a morfologia da árvore contribui muito para sua queda, principalmente quando associada a uma condição de ventos fortes. “Outro fator que contribui também é o sistema radicular da planta ser pouco profundo, o que confere pouca sustentação à planta em um solo como o de Campo Grande, onde há predominância de solos arenosos”, ressaltou.

Ainda de acordo com ele, não se pode associar todas as quedas à sanidade das árvores. “Alguns exemplares estavam com alguma patologia ou ataque de algum inseto, o que reduz a sua resistência ao vento e também compromete seu sistema radicular, no entanto, estas poderiam resistir por um bom tempo ainda, caso não houvesse a situação de ventos fortes como o ocorrido na sexta-feira”, explicou.

Prevenção e cuidados

O engenheiro agrônomo explica que a prevenção já começa na escolha da espécie a ser plantada, que deve ser feita levando-se em consideração o porte e demais características morfológicas. Não se deve plantar espécies de grande porte próximas a edificações ou próximas ou embaixo de redes de eletricidade.

Outro fator importante, depois de já plantada a árvore, é a sua manutenção, sendo fundamental a sua poda. Quando se executam podas malfeitas, ou aquelas que comprometem e alteram seu eixo de sustentação e inclinação, a árvore tende a tombar em ocorrências de ventos fortes, como o registrado na sexta-feira.

Outro cuidado importante em residências ou em vias públicas, é quanto à condição sanitária da planta. Quando identificadas ocorrências de patógenos ou presença de insetos deve ser iniciado tratamento imediato.

Importante salientar que a indicação de espécies, plantio e manutenção de áreas verdes, deve ser sempre feita por profissionais engenheiros florestais ou engenheiros agrônomos, e por empresas que possuem esses profissionais em seu quadro técnico.

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