Por Viviane Freitas | 30 agosto, 2021 - 10:28
Para driblar a crise econômica no Brasil imposta pela pandemia, o estudante de engenharia Murilo Borges, de 24 anos, precisou se reinventar e aliou o esporte com a produção de gelinhos para sobreviver. O que era apenas um hobby e o meio que utilizava para ir para a faculdade, hoje tornou-se o principal meio de locomoção e sua principal fonte de renda. Murilo chega a patinar em um único dia cerca de 50 quilômetros vendendo gelinho pelas ruas de Campo Grande.
“Eu já fazia os geladinhos há uns três anos quando fiz um mochilão pela América do Sul – até então era somente para acumular renda. Mas a pandemia chegou, a faculdade ficou em segundo plano, porque não tive condições de ter um bom rendimento online e aí decidi empreender no ramo que eu já tinha conhecimento”.
Conforme Borges, em novembro de 2020, colocou o plano da empresa em prática e junto com a esposa, Ana Carolina, de 22 anos, eles produzem, fazem marketing e vendem os produtos.
“Quando está muito quente, geralmente saio por volta das 9h da manhã e chego a patinar de 30 até 50 quilômetros por dia. Essa tem sido a nossa principal renda depois que decidi trabalhar por conta própria. A energia que gasto é bem menos e o faturamento é maior porque me dedico 100%”, ressalta.
“Hoje consigo atender vários bairros em um único dia e volto para casa em um bom estado até mesmo por conta do condicionamento físico que a patinação proporciona”, e ainda acrescenta: “Antes mesmo da pandemia, eu já fazia tudo com o patins. Quando faço viagens, prefiro andar com ele do que pegar metrô. Esse por enquanto é o meu principal meio de transporte, em todos os lugares”, finaliza.
18 abril, 2024
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