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Mais lugar para multar? Corredores de ônibus começam a funcionar no primeiro semestre na Capital

Pesadelo de moradores e comerciantes das regiões afetadas, locais passarão também a aplicar multa a motoristas desavisados

Por Redação | 10 fevereiro, 2021 - 12:40

As obras para implantação do Corredor Sudoeste e a primeira via do Corredor Norte do transporte coletivo em Campo Grande devem ser finalizadas no fim do primeiro semestre deste ano e a partir de então os locais passarão a multar motoristas.

De acordo com o diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Janine de Lima Bruno, o projeto atende 80% dos usuários de ônibus da cidade e os motoristas que passarem a estacionar em locais inadequados serão multados.

Será entregue neste semestre a reforma das ruas Brilhante e Bahia e da Avenida Bandeirantes.

“As grandes cidades já adotaram esse modelo, a infraestrutura é para melhorar a qualidade de vida das pessoas, os motoristas que estacionarem em locais proibidos serão notificados a partir do momento em que o corredor estiver ativado”, explicou.

Em 2011, a Prefeitura de Campo Grande conseguiu R$ 180 milhões pactuados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana, para melhorar o transporte coletivo da Capital.

Desse valor, R$ 20 milhões foram assegurados para construir cinco terminais; R$ 110 milhões para construção de 68,4 quilômetros de corredores de transporte coletivo; R$ 4,5 milhões para modernização do sistema de controle eletrônico; R$ 40,3 milhões para intervenções viárias; e R$ 6 milhões para estações de pré-embarque. As obras têm como objetivo melhorar a velocidade média dos ônibus, diminuindo o tempo das viagens.

Conforme a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), a conclusão total dos corredores está prevista para acontecer ainda neste semestre.

“A obra está bem adiantada, estão faltando apenas alguns detalhes para a entrega final. A fase de sinalização deve ser concluída em breve pela Agetran, a empresa de ônibus terá de alterar alguns trajetos para assim termos os corredores em funcionamento ainda neste primeiro semestre”, explicou.

O projeto estava previsto desde 2007.

Os recursos foram aprovados em 2011, na gestão de Nelson Trad Filho – era para ser uma das obras para a candidatura de Campo Grande à sede da Copa do Mundo de 2014 –, mas só em 2016, no gerenciamento de Alcides Bernal, a intervenção passou a ser realizada pelo Exército, por meio de convênio que posteriormente, em 2018, foi rompido e assumido por empreiteiras.

O presidente da Agetran afirma que além de tornar a viagem mais rápida, com o percurso sendo feito em menor tempo, os corredores vão impactar até mesmo na quilometragem dos ônibus, sendo um dos fatores que encarecem a tarifa.

“Toda a cidade necessita de corredores de ônibus, quem sai ganhando é a população de Campo Grande com esse investimento, qualquer cidade que tem esse projeto ganha em tempo médio e agilidade. O transporte coletivo deve ser prioridade, ele chega a transportar 70 pessoas de uma vez, uma viagem de 30 minutos passa a acontecer em 15 minutos”, afirma.

As informações são do Correio do Estado

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