Prefeitura de Campo Grande retoma campanha que inibe esmolas

A Prefeitura de Campo Grande retomou nesta semana a campanha “Não dê esmolas, dê dignidade, não dê esmolas, dê oportunidades”. A primeira ação aconteceu na noite da última segunda-feira (12), durante a abertura da programação festiva na 14 de Julho, intensificando na região central, as abordagens realizadas pelo Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS).

No total, dez equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) também estarão realizando blitz educativas junto à população para conscientizar sobre a importância de trocar a oferta de esmolas pela indicação dos serviços disponibilizados pela Prefeitura, que inclui o atendimento em comunidades terapêuticas.

A prefeita Adriane Lopes, o secretário municipal de Assistência Social, José Mário Antunes e a secretária-adjunta, Inês Mongenot, participaram da abertura dos trabalhos, que aconteceu na esquina da Rua 14 de Julho com a 15 de Novembro. “É um trabalho muito importante que vocês estão realizando, buscando devolver dignidade à essas pessoas”, pontuou a prefeita.

Para fortalecer a campanha, ações sociais serão desenvolvidas, como as realizadas nesta terça-feira (13) pela UAIFA I, que oferece desde corte de cabelo, encaminhamentos para a rede pública de Saúde até oferta de trabalho. A iniciativa já vem ocorrendo há três meses, de forma intensiva. A cada 15 dias a equipe da unidade reúne parceiros e secretarias da gestão, como a Secretaria de Saúde (Sesau), Fundação Social do Trabalho (Funsat) e Secretaria de Governo (Segov) para oferecer os serviços.

Ao acompanhar a abertura dos trabalhos nesta terça-feira na UAIFA I, o secretário José Mário ressaltou a importância das ações interligadas. “Esses atendimentos aumentam a autoestima dos usuários. Por meio dessas parcerias, atuamos para reinserir essas pessoas no mercado de trabalho e até mesmo resgatar os vínculos familiares.

Na opinião da coordenadora do Centro Pop, Josemary Silveira Braga, as ações nesta época do ano também buscam incentivar o olhar humanizado da população e o apoio na divulgação dos serviços da Rede de Assistência Social do município. “Com as abordagens a população também conhece o trabalho desenvolvido pela Prefeitura para inserir as pessoas em vulnerabilidade social nas políticas públicas do município e que podem resultar em uma mudança de vida para elas”, frisou.

A ideia é que as abordagens resultem em encaminhamentos para a rede de proteção da assistência social do município, incluindo as entidades cofinanciadas, para que as pessoas em situação de rua desfrutem das ações sociais oferecidas nesses espaços.

Dinâmica

As equipes do SEAS atuam de forma ininterrupta, 24 horas, os sete dias da semana, realizando um mapeamento de todas as sete regiões da cidade para acompanhar o fluxo migratório da população em situação de rua e, dessa forma, realizar a busca ativa, além de atender denúncias da população, que entram em contato por meio dos dois celulares disponibilizados pelo Serviço.

O objetivo preliminar é estabelecer vínculos com os usuários e assegurar trabalho social de abordagem e busca ativa que identifique, nos territórios, a incidência de trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes e situação de rua, possibilitando condições de acesso à rede de serviços e a benefícios assistenciais.

As equipes buscam sensibilizar a pessoa abordada sobre o risco social que se encontra, oferecendo o acolhimento institucional ou encaminhamento para tratamento da dependência química em Comunidades Terapêuticas por meio da parceria com a Subsecretaria de Direitos Humanos (SDHU). Atualmente existem 11 comunidades, vinculadas à pasta, que dispõem de 300 vagas para tratamento da dependência química.

De janeiro até novembro foram realizados 4221 acolhimentos nas duas UAIFA’s, além das entidades cofinanciadas Casa de Passagem Resgate e Casa São Francisco de Assis e mais de 300 encaminhamentos para o mercado de trabalho em parceria com a Funsat. Já o Centro POP realizou 7,5 mil atendimentos, incluindo serviços para migrantes e migrantes internacionais, e o Seas, até o momento, computa 3569 abordagens. Para as pessoas em situação de rua que receberam oferta de emprego em outras cidades ou decidiram retornar para a cidade de origem, foram disponibilizadas 564 passagens terrestres.

Quem encontrar alguém em situação de rua pode acionar as equipes do Seas, pelos números (67) 99660 6359 e (67) 996601469. O serviço faz a abordagem e encaminha esses moradores, caso aceitem, às unidades de acolhimento ou ao Centro POP, localizado na Rua Joel Dibo, nº 255, no Centro. O telefone do Centro POP é o 3314 4450.