Por João Paulo Ferreira | 7 dezembro, 2024 - 18:44
O motovlogger Edivelton Brito, conhecido nas redes sociais como @britomotovlogs, soma 175 mil seguidores no Instagram e 19,2 mil no TikTok, onde já acumula 438,1 mil curtidas em sua página. Foi nesses perfis que ele compartilhou o vídeo em que denuncia a multa absurda recebida por “furar sinal vermelho” em um cruzamento onde nem existe semáforo, na região central de Campo Grande.
No vídeo que viralizou nas redes sociais, Brito demonstrou sua indignação ao mostrar o aplicativo da Carteira Digital com o registro da infração. “Rapaziada, nós que somos brasileiros temos que nos ferrar de tudo quanto é jeito. Se liga na multa que eu tomei: furar sinal vermelho na Rua Abrão Júlio Rahe com a Padre João Crippa. Aqui é um Pare, mano. Cadê o semáforo?”, desabafou no vídeo.
Após compartilhar sua história, Brito recebeu apoio e comentários de motoristas com experiências semelhantes. Muitos relataram multas que consideram indevidas, como infrações registradas em lugares onde nem estavam ou velocidades incompatíveis com seus veículos. Um internauta chegou a comentar que foi multado por dirigir a 265 km/h com uma moto de 125 cilindradas, algo tecnicamente impossível.
“Isso não pode ser normal. São situações que mostram como a fiscalização pode errar e prejudicar quem depende do veículo para trabalhar. A gente tem que ser respeitado”, destacou Brito.
Embora tenha manifestado indignação, Brito admitiu que ainda não teve tempo para contestar a multa. “Agora no final do ano é muito corrido no meu serviço. Vou pedir uma folga para ir recorrer ao Detran antes que o prazo termine”, contou. Apesar da demora, ele já pensa na estratégia para recorrer. “Pretendo levar fotos do cruzamento para provar que não tem semáforo ali e, assim, mostrar que o erro foi deles.”
O motociclista também aponta que a recorrência de casos semelhantes exige uma ação mais firme por parte dos órgãos de trânsito. “Tem que haver mais preparo. Antes de sair na rua para aplicar multas, os agentes precisam passar por treinamento sério. Um erro como esse não pode acontecer. Só dar a multa se tiver certeza, porque isso pode tirar o sustento de uma família para pagar uma multa que não existe.”
Para Brito, a gravidade do problema vai além do transtorno de ter que recorrer. Ele aponta que muitos trabalhadores vivem no limite financeiro e que uma multa injusta pode ser o suficiente para comprometer suas condições de sustento. “Nós, que somos trabalhadores, não merecemos passar por isso. Já é difícil manter as contas em dia. Quando você ainda tem que pagar por um erro que nem é seu, isso dói.”
Ele também destacou que sua história é um alerta para outros motoristas. “A gente não pode aceitar calado. Meu conselho para quem passa por algo parecido é: vá atrás dos seus direitos. Não deixe para lá, porque o prejuízo é seu, e as autoridades precisam entender que esses erros não podem continuar acontecendo.”
Procurada para comentar o caso, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) informou que a multa não foi aplicada pelo município e orientou Brito a comparecer ao órgão para formalizar o processo de retirada. No entanto, o motociclista acredita que isso não resolve o problema maior: “Isso tem que mudar na base, para que outras pessoas não passem por isso. O prejuízo não é só financeiro, é emocional.”
Brito encerra sua mensagem com um pedido às autoridades. “Os órgãos públicos precisam tratar os motoristas com mais respeito. Somos nós que estamos na rua todos os dias, trabalhando para sobreviver. Espero que minha história sirva para abrir os olhos de quem pode mudar isso.”
A viralização de seu caso reforça a importância de discutir a qualidade da fiscalização e a relação entre as autoridades e a população. Para muitos, erros como o que afetou Brito são mais comuns do que deveriam ser, deixando clara a necessidade de mudanças urgentes no sistema de trânsito.
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