Por João Paulo Ferreira | 13 novembro, 2024 - 14:47
Augusto Henrique Amorim Oliveira, de 23 anos, morreu na noite do último domingo (10) após colidir a moto em um meio-fio na avenida em construção que liga os bairros Itamaracá e Moreninhas, em Campo Grande. A via, sem iluminação pública, foi iluminada apenas pelo farol de ambulâncias que prestaram socorro. Segundo testemunhas, Augusto empinava a moto antes de perder o controle e sofrer o acidente fatal.
De acordo com o boletim de ocorrência, a irmã de Augusto soube do acidente pela mãe e se dirigiu ao local, onde encontrou o irmão recebendo os primeiros socorros de um brigadista. Durante o atendimento, ela avistou uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) em uma rua próxima e pediu ajuda. O Samu iniciou os procedimentos de reanimação até a chegada de uma equipe de resgate avançado do Corpo de Bombeiros.
O jovem foi levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) das Moreninhas, onde morreu minutos após dar entrada. O corpo de Augusto foi encaminhado ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) para exame de corpo de delito. O caso foi registrado como morte a esclarecer na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.
A falta de iluminação e segurança na via foi criticada por internautas, que compartilharam vídeos do atendimento na página “Moreninhas Mil Grau”, no Instagram. As imagens mostraram o local iluminado apenas pelos faróis das ambulâncias. Segundo os moradores, o trecho é perigoso tanto à noite quanto durante o dia, quando é comum haver gado circulando na avenida.
Uma testemunha afirmou que viu o momento em que Augusto empinou a moto e perdeu o controle, vindo a colidir com o meio-fio. “Eu estava de Uber com meus filhos. Ele estava empinando e, quando perdeu o equilíbrio, quase nos atingiu”, relatou a mulher, que afirmou que o motorista do carro conseguiu desviar, evitando uma colisão mais grave.
Em uma despedida emocionante nas redes sociais, um amigo de Augusto lembrou que o jovem costumava dizer que “morreria a milhão”. Em uma mensagem de luto, o amigo escreveu: “Por que você levou isso a sério? Eu falei para você não vender aquele carro”.
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