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Iagro adota técnica de RT-qPCR que elimina o uso de 8 mil camundongos em testes de diagnóstico de raiva

Nova metodologia acelera resultados e promove maior proteção aos animais

Por João Paulo Ferreira | 12 abril, 2024 - 15:36

Foto: Divulgação

A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO) introduziu uma mudança significativa nos métodos de diagnóstico da raiva, adotando a técnica de RT-qPCR (Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real). Esta tecnologia substitui a prova biológica, que anteriormente utilizava até 8 mil camundongos anualmente para testes. O novo método promete não só acelerar o processo de diagnóstico da doença, que é crucial para a saúde pública e animal, como também evitar o uso de animais em testes laboratoriais.

A raiva, uma doença viral fatal, afeta mamíferos e é transmitida principalmente por mordidas de animais infectados, como cães, gatos e morcegos. O diagnóstico precoce é essencial para prevenir a propagação da doença e garantir um tratamento eficaz. O Laboratório de Diagnóstico de Doenças Animais e Análise de Alimentos (LADDAN), em Mato Grosso do Sul, é responsável por este diagnóstico e registrou 75 casos positivos em diversos mamíferos em 2023.

Antes da mudança, o LADDAN empregava a técnica de Imunofluorescência Direta (IFD) junto com a prova biológica, um método que envolvia inoculação intracerebral em camundongos e exigia semanas para a observação dos resultados. Embora preciso, o método era lento e complexo, e demandava um manejo cuidadoso devido ao bem-estar dos animais envolvidos.

A RT-qPCR, por outro lado, oferece resultados rápidos e precisos, detectando o material genético do vírus em questão de horas e com alta sensibilidade. Esta eficiência não apenas acelera o diagnóstico, mas também aumenta a precisão, facilitando uma resposta mais rápida e eficaz das autoridades de saúde.

A implementação da nova técnica foi desafiadora, segundo as médicas veterinárias Aline de Oliveira Figueiredo e Tamires Ornellas Fuzaro Scaléa. Foi necessário adquirir novos equipamentos e treinar a equipe, trabalho feito em colaboração com o Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti (CDME) da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), um pioneiro no uso do qPCR no diagnóstico da raiva.

A decisão da IAGRO de migrar para a RT-qPCR reflete um compromisso com a inovação e a excelência no cuidado à saúde animal e à segurança alimentar, esperando-se um impacto positivo considerável na prevenção e controle da raiva em Mato Grosso do Sul.

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