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Depois da grande estiagem, fumaça e poluição, chuva ácida pode destruir pinturas na Capital

Poluentes acumulados no ar após queimadas e seca elevam os riscos de corrosão e desbotamento em construções e veículos com a chegada da chuva ácida

Por João Paulo Ferreira | 14 setembro, 2024 - 18:43

Foto: Daniel Novaes

Após um longo período de estiagem e a intensa presença de fumaça no ar, resultado das queimadas em Mato Grosso do Sul, há previsão de chuva para este domingo (15) em Campo Grande. O que poderia ser um alívio para a seca traz também uma preocupação: a chuva ácida. Com a grande concentração de poluentes no ar, essas precipitações podem provocar sérios danos às superfícies pintadas de casas, prédios e veículos, como ocorreu em várias cidades do interior no sábado (14).

O que a chuva ácida pode causar?

A chuva ácida ocorre quando gases poluentes, como dióxido de enxofre (SO₂) e óxidos de nitrogênio (NOx), liberados pela queima de combustíveis fósseis e queimadas, se misturam com a umidade do ar. Isso resulta em uma precipitação com alta acidez, capaz de causar uma série de problemas, principalmente em superfícies pintadas. Os principais impactos incluem:

  1. Corrosão acelerada: A acidez corroí a tinta, causando desgaste prematuro e manchas que comprometem a aparência de construções e veículos.
  2. Desbotamento das cores: A chuva ácida pode causar o desbotamento das tintas, especialmente aquelas que não são formuladas para resistir a condições climáticas adversas, prejudicando a estética das edificações.
  3. Danos estruturais a longo prazo: Além de afetar a pintura, a chuva ácida pode, com o tempo, causar fissuras nas superfícies das edificações, permitindo infiltrações que afetam a estrutura subjacente.

Como se proteger?

Algumas medidas simples podem ajudar a reduzir os efeitos da chuva ácida e preservar as superfícies:

  • Escolha de tintas resistentes: Investir em tintas e revestimentos de alta qualidade, formulados especificamente para suportar a acidez, pode prolongar a vida útil das superfícies pintadas e reduzir a necessidade de manutenção frequente.
  • Manutenção regular: Limpezas e inspeções periódicas podem ajudar a identificar e tratar problemas de corrosão e desgaste antes que se tornem graves.
  • Aplicação de selantes e camadas protetoras: Selantes e produtos especializados funcionam como uma barreira, protegendo a pintura contra os efeitos prejudiciais da acidez da chuva.

Especialista alerta sobre os cuidados

Laura Cavalieri Dutra, Analista na Vitória Tintas de Campo Grande, reforça a importância de estar atento a essas medidas: “Com toda a fumaça e poluição acumuladas no ar, e a previsão de chuvas, é essencial que as pessoas protejam suas edificações e veículos. Investir em materiais de qualidade, como tintas e revestimentos formulados para resistir à corrosão e às condições climáticas adversas, é uma das maneiras mais eficazes de evitar maiores danos. Além disso, realizar manutenções frequentes, com limpezas e inspeções periódicas, pode identificar problemas antes que eles se tornem sérios, prolongando a vida útil das superfícies. Também é recomendado que se espere o fim do período de estiagem para realizar uma nova pintura, garantindo que o clima não prejudique o trabalho. Por fim, sempre consulte um profissional de confiança para obter orientações adequadas sobre os materiais mais indicados para cada situação.”

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