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Tempo seco e calor intenso afetam saúde da população em Mato Grosso do Sul

Primeiras chuvas do mês chegam ao estado neste sábado, com previsão para Campo Grande no domingo

Por João Paulo Ferreira | 14 setembro, 2024 - 12:05

Foto: Paulo Lacerda

Mato Grosso do Sul vem enfrentando um período prolongado de calor intenso, baixa umidade e fumaça, trazendo sérios riscos à saúde da população. As condições climáticas extremas têm elevado o número de problemas respiratórios, agravado doenças crônicas e causado desconforto físico em várias cidades. No entanto, a boa notícia é que, a partir deste sábado (14), chuvas já começam a atingir algumas áreas do estado, com previsão de precipitação em Campo Grande no próximo domingo (15).

Nos últimos dias, o calor extremo tem dominado o estado, atingindo picos de temperatura superiores a 40°C em diversas regiões. No domingo passado (8), Aquidauana registrou 41,6°C, a maior temperatura do estado, seguida de outras cidades como Porto Murtinho (41,5°C) e Corumbá (41°C). Além disso, os índices de umidade relativa do ar ficaram perigosamente baixos, como em Coxim e Sonora, onde foram registrados 7%, abaixo do limite considerado saudável.

Além do calor, a fumaça oriunda de queimadas na região amazônica e em biomas próximos tem coberto os céus de Mato Grosso do Sul, piorando a qualidade do ar e aumentando os riscos à saúde. A combinação de altas temperaturas, tempo seco e fumaça afeta diretamente pessoas com problemas respiratórios e cardiovasculares, e pode agravar condições pré-existentes, especialmente em crianças, idosos e gestantes.

Riscos à saúde diante do calor e fumaça

O clima seco e quente pode causar uma série de problemas à saúde, como insolação, exaustão pelo calor, desidratação, além de aumentar os casos de doenças respiratórias. O diretor-geral do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, Paulo Eduardo Limberger, alerta para os perigos da exposição prolongada ao calor e à fumaça. “Grupos vulneráveis, como idosos e crianças, são os mais afetados. Condições como exaustão pelo calor e agravos respiratórios têm se tornado mais comuns, e as pessoas precisam adotar medidas preventivas”, explica Limberger.

Entre os principais problemas estão as doenças relacionadas ao calor, como insolação e exaustão, além do agravamento de doenças cardiovasculares e renais. O tempo seco e a fumaça também podem irritar as vias aéreas, aumentar os casos de infecções respiratórias e comprometer a defesa imunológica.

Medidas de prevenção e cuidados recomendados

Para enfrentar o calor e a baixa umidade, especialistas recomendam beber bastante água, evitar atividades físicas ao ar livre nos horários mais quentes do dia e procurar ficar em ambientes ventilados. Além disso, o uso de roupas leves, hidratação constante da pele e das vias respiratórias, e a ingestão de alimentos ricos em água, como frutas e vegetais, são essenciais para minimizar os efeitos do calor.

“A fumaça das queimadas é outro fator que agrava a situação. A inalação de partículas finas pode causar danos respiratórios e aumentar o risco de complicações em quem já possui doenças crônicas”, acrescenta Limberger.

Cenário climático em MS e previsão de chuvas

De acordo com o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), o calor extremo e a seca são causados por uma intensa massa de ar quente que atua como um bloqueio atmosférico. Esse sistema impede a formação de nuvens, favorecendo o tempo seco em grande parte do estado. Entretanto, a partir deste sábado (14), chuvas já foram registradas em algumas cidades de Mato Grosso do Sul, e a previsão indica que Campo Grande pode ser beneficiada com precipitações no domingo (15), trazendo alívio para a população da capital.

O monitoramento climático do Cemtec aponta que o tempo quente e seco deve continuar predominando nos próximos meses, mas a chegada de chuvas esparsas neste fim de semana pode aliviar temporariamente o calor e melhorar os índices de umidade do ar. As autoridades mantêm o alerta para o perigo de fogo, especialmente nas regiões norte e sudoeste do estado, onde as condições estão em nível de “Atenção” e “Alerta” para incêndios florestais.

Alerta para incêndios florestais

O período de seca também aumenta a incidência de incêndios florestais em Mato Grosso do Sul. O Cemtec monitora de perto a situação e alerta que as condições climáticas dos próximos meses favorecem a propagação de queimadas, com algumas regiões em níveis críticos de risco. A orientação é que a população evite qualquer tipo de queimada, lembrando que, além dos danos à saúde, provocar incêndios é considerado crime ambiental.

Com a chegada das chuvas, ainda que de forma pontual, a expectativa é que as condições melhorem nos próximos dias, trazendo algum alívio para o cenário crítico que afeta grande parte do estado.

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