Por Viviane Freitas | 25 agosto, 2022 - 17:07
Dos lugares inesquecíveis de Campo Grande, a série #123AnosCG traz à tona os famosos bailes da cidade, que fizeram muitos jovens dançarem até não aguentar . Quem é da década de 60 a 80 já sabe quais são eles: o Rádio Clube, Surian e o Libanês. Os anos dourados da Capital fazem parte da memória de muitos que por aqui passaram e já se foram, e também de outros que ainda vivem desde o ápice dos clubes que tinham festas, carnavais e bailes que duravam a noite toda.
O Clube Libanês é um desses tesouros escondidos. Próximo ao coração da cidade, na Rua Dom Aquino, 1.879, histórias se aglomeram em um único prédio. Na época ele se diferenciava por trazer artistas nacionais, como a musa da jovem guarda, Wanderléia. No Facebook, a turma dessa época criou um grupo para relembrar as histórias: o Anos Dourados Campo Grande MS.
Inaugurado nos anos 70, o Clube Surian teve uma época de ouro logo no início, quando a banda Zutrik animava as matinês, tocando o bom e velho rock’n’roll. Os anos se seguiram até a década de 80 e os famosos “passinhos” se tornaram febre na cidade. Quem comandava tudo eram os DJ’s, que precisavam remixar os hits na hora e sofriam para colocar a música da moda.
“Eram os passinhos da época, o estilo musical possibilitava isso, era tudo sincronizado. Antes de iniciar essa época, o que fazia sucesso era a Zutrik e depois o clube fechou, reabrindo no início de 80”, relembra Haroldo Ormond, um dos DJ’s da casa.
Já o Rádio Clube foi fundado no dia 25 de dezembro de 1924, quando um grupo de pessoas se reuniu na Biblioteca Pública, à Avenida Afonso Pena, para criar um centro de encontro familiar em Campo Grande. A ideia, conforme conta o site do clube, era reunir amigos para ouvir rádio, uma invenção ainda muito recente no Brasil da época.
A aposentada Elizabete Freitas, 70 anos, conta, suspirando de saudade, que viveu intensamente o auge dos bailes “Nossa, fui nos três clubes, a gente se divertia até não querer mais”, relembra. E ainda completa, “quando um rapaz pedia pra dançar e a gente não queria, nós corríamos para o banheiro. Isso era chamado de ”dar tábua’ no rapaz”, finaliza.
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