Fale Conosco Entre em Nosso Grupo Fale com a Redação A campanha política na era digital - Jornal OSM - O sul-mato-grossense
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A campanha política na era digital

Por Marcelo Tognini | 16 agosto, 2019 - 14:48

As campanhas políticas no Brasil eram pautadas por dinheiro e grandes produções

Nos últimos anos o pleito eleitoral passou por mudanças que nem mesmo os maiores marqueteiros puderam prever: O poder da opinião pública na internet.
Todo individuo quer apresentar a sua opinião como verdade máxima. Felizmente (ou infelizmente para os candidatos) a internet é um saguão muito acolhedor que permite cada eleitor opinar de acordo com suas verdades e vontades.
A grosso modo, formou-se uma legião de críticos (em alguns casos cruéis) que os meios de comunicação regulares não puderam controlar e nem mesmo apresentar soluções para a problemática.

O fantasma das campanhas

A reforma política trouxe a tona um oceano de dúvidas, criando um nevoeiro de preocupações, instabilidade e desqualificando até os mais preparados.
O carro-chefe dos candidatos enguiçou, pois boa parte do dinheiro que financiava as campanhas eleitorais fora cortado pela reforma, proibindo o financiamento das superproduções por parte das empresas privadas. Como não bastasse isso, operações da polícia federal colocaram em xeque alguns dos maiores nomes do meio político no banco dos réus.
Marqueteiros, operadores e consultores flagrados em esquemas foram descartados pois não servem mais para dirigir campanhas sem manchá-las. Não bastando tantas mudanças, além do fim do financiamento corporativo e a redução do período eleitoral, o tempo do merchan dos candidatos na TV fora reduzido para menos de 35 dias.

Se tudo mudou, tudo mudará?

O fato é que mudanças sistêmicas geram mudanças operacionais, por exemplo, a energia e o dinheiro direcionados para as superproduções  que eram pensadas para a televisão, hoje não são iguais. Os marqueteiros entenderam que o público não é mais pluri, ou seja, o que antes era feito para o formato de TV, de forma ampla para atingir todos os públicos, deu espaço para campanhas segmentadas que atingem públicos diferentes com idades, profissões e perfis diferentes na internet.
O eleitor é exigente… Buscar informações sobre carreira, vida pública e privada dos candidatos se tornou algo simples. É questão de dar um Google no nome desejado e voilà.
Essas mudanças resultaram em adaptações de estratégias exigem maiores habilidades dos profissionais do backstage.

A busca pela trajetória do candidato por parte do eleitor obriga o candidato a ter lado. A ideia de que quanto menor a exposição ideológica, mais fácil será a corrida até o podium é invalida num cenário onde o cidadão busca representatividade no poder público. Na TV era fácil escapar de perguntas polêmicas e que causassem certa insatisfação na população, mas agora com a conexão criada pelo poder da internet ficou difícil ludibriar o eleitor e esconder as intenções e ideais dos candidatos.

O mundo digital pode ser cruel com o político que se mostrar incapaz de tomar um posicionamento ideológico perante ao público e muito mais para aquele que tentar construir uma narrativa tardia.

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