Por Viviane Freitas | 8 maio, 2021 - 8:30
Dentre as 17 capitais que tiveram aumento no custo médio da cesta básica de alimento, Campo Grande é a capital com a maior variação de produto chegando a um aumento de 6% mensal e a 18,27% anual. De abril de 2020 a abril de 2021, o preço do produto subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento realizado pelo pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
O produto que teve maior alta em Campo Grande foi o tomate, com variação de 12% e preço médio de R$ 4,20 o quilo. Outros 11 itens tiveram variação positiva na comparação com o mês anterior, sendo as maiores altas a do café em pó, com 11,62%, seguidos por feijão carioquinha, com 8,97%, e manteiga, de 8,82%.
O que também elevou o valor da cesta básica foi o quilo da carne bovina de primeira, que aumentou em 15 capitais brasileiras. Novamente, Campo Grande foi a que teve maior variação, com 5,92%. Segundo o DIEESE, o elevado volume de exportação de carne bovina, que provocou redução na oferta interna, e o aumento nos preços do milho e do farelo de soja, alimentos para o boi, contribuíram para o encarecimento do produto no varejo.
O único produto presente na cesta básica que registrou retração em abril foi o arroz, com 2,71%.
As outras capitais com maior índice de variação foram João Pessoa (2,41%) e Vitória (2,36%). A cesta mais cara foi encontrada em Florianópolis por R$ 634,53, seguida pelas de São Paulo por R$ 632,61, Porto Alegre por R$ 626,11) e Rio de Janeiro por R$ 622,04. Entre as cidades do Norte e Nordeste, a cesta com menor custo foi a de Salvador chegando a custar R$ 457,56).
No ranking de aumento anual, Campo Grande ficou em terceiro lugar com 18,27%, ficando atrás de Brasília com 24,65% e Florianópolis com 21,14 % de aumento – cidade em que encontraram a cesta mais cara de abril.
Confirma os números de abril em Campo Grande:
Valor da cesta: R$ 586,26.
Valor da cesta básica para uma família, composta por quatro pessoas: R$ 1.758,78.
Variação mensal: 6,02%.
Variação no ano: 1,70%
Variação em 12 meses: 18,27%.
Conforme o DIEESE, o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.330,69, valor que corresponde a 4,85 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Em março, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.315,74 ou 4,83 vezes o piso em vigor.
Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em abril, na média, 54,36% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em março, o percentual foi de 53,71%.
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