Fale Conosco Entre em Nosso Grupo Fale com a Redação Coluna sobre nada: Uma apresentação - Jornal OSM - O sul-mato-grossense
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Coluna sobre nada: Uma apresentação

Por João Paulo Ferreira | 10 junho, 2020 - 12:40

João Victor Cyrino. Amigo dos livros, advogado criminalista, especialista em criminologia. São paulino. Há muito, convidado, quer estar aqui, mas o projeto demorou ir para o papel. É isso, se projetos em geral “saem do papel”, a Coluna sobre Nada se concretiza quando vem para o papel. Ou para a tela. O papel é mais romântico.

O nome, “Coluna sobre Nada”, o leitor certamente já deve ter associado, é uma homenagem ao indescritível Manoel de Barros, autor do “livro sobre nada”. É que como Manoel eu acredito que a maior riqueza do homem é a sua incompletude. E que as coisas jogadas fora têm muita importância, como o homem jogado fora. Creio, também como ele, que o tamanho que têm as coisas há de ser medido pela intimidade que temos com elas. E que poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas). Pretendo, ainda como Manoel, sobre o nada ter profundidades. Até porque, ainda como ele, “se o nada desaparecer a poesia acaba”.

A ideia original era uma coluna sobre direito. Mas como restringir a direito uma coluna em pleno “O Sul Mato Grossense”? Em pleno Mato Grosso do Sul, lugar do Pantanal, em que “não se pode passar régua”? Restringir a direito como, se está o direito em meio a uma série de relações sociais, políticas, poéticas, dramáticas… Quem anda no trilho é trem de ferro, diria Manoel de Barros. Por aqui trataremos de tudo isso. Até de direito. Penal, especialmente. E sempre com muita humanidade, afinal, como diz por Manoel o Felisdônio, lá no Livro das Ignorãças, as coisas que não existem são mais bonitas.

Pretendo ter bons debates aqui. Um diálogo franco com o povo de nosso estado querido. Espero me fazer ouvir e dar voz aos esquecidos, ao homem jogado fora. Até porque, parafraseando Emicida, “escrevo porque tenho uma missão”. A síntese me é difícil. Também como o rapper, escrevo “como quem vai morrer no dia seguinte”. Tudo aqui, então, pode ser carta de morte. Mas sempre com olhos à vida. E vida em abundância.

Sejamos, nós todos, bem vindos à Coluna sobre Nada.

Nas próximas semanas, como a Manoel, alguns me elogiarão imbecil. Estou de antemão emocionado. Sou fraco para elogios.

João Cyrino é advogado, especialista em criminologia e direito penal

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