Por Viviane Freitas | 15 junho, 2023 - 11:55
O cenário da febre maculosa no país tem preocupado os brasileiros. Até o momento, foram confirmados 49 casos da doença, sendo seis mortes, no Brasil, neste ano. A região Sudeste é a que concentra a maioria das contaminações, com 25 casos. Apesar de Mato Grosso do Sul ainda estar ileso, autoridades já se preocupam com a evolução da doença infecciosa, levando em consideração o alto número de capivaras– portadoras dos carrapatos –que habitam o Estado.
A febre maculosa é transmitida pela picada do carrapato e é causada pela bactéria do gênero “Rickettsia”. A doença não é passada diretamente entre pessoas, pelo contato. No Brasil, os principais vetores são carrapatos do gênero Amblyomma, popularmente conhecido como “carrapato-estrela”.
À reportagem, o médico clínico-geral e infectologista, Dr. Rodrigo Coelho, explicou que a doença apresenta formas clínicas leves e outras graves, com elevada taxa de letalidade. Com a evolução, é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas podem irradiar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.
Dando margem para uma preocupação quanto às capivaras, bastante presentes em Campo Grande, o infectologista comentou sobre as condições que podem representar perigo. “O carrapato-estrela, que é o vetor dessa doença, pode estar nas capivaras. O que talvez seja um problema futuro para nós, tendo em vista que elas passeiam pela Capital, estão nos parques, em algumas regiões, como o parque dos Poderes, parque das Nações, entre outros. O contato do ser humano com o ambiente onde esses animais habitam, em que podem ter o tipo de carrapato citado, é um cenário preocupante.”
Ele acrescenta: “Mas é importante lembrar que: se trata de uma doença transmitida pelo carrapato e não pela capivara. Precisamos explicar essa diferença, para que as pessoas não entendam que elas são o perigo, mas sim o parasita, que ela pode transportar”.
No Brasil, a febre maculosa tem sido registrada em áreas rurais e urbanas. A maior concentração dos casos é verificada nas regiões Sudeste e Sul, onde ocorre de forma esporádica. A principal forma de prevenção é baseada na não exposição aos carrapatos. Quando isto é inevitável, caso de pessoas que moram ou visitam ambientes infestados por carrapatos, o uso de roupas de proteção é recomendado, assim como a utilização de repelentes contra carrapatos, seja para as roupas, seja para a pele exposta.
Em caso de manifestação de sintomas compatíveis, tais como febre, dor no corpo e manchas avermelhadas na pele, recomenda-se que a pessoa procure uma UBS (Unidade Básica de Saúde) mais próxima de onde reside. O tratamento está disponível gratuitamente no SUS
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