Por Viviane Freitas | 8 dezembro, 2023 - 8:47
O juiz Aluísio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, de Campo Grande, marcou para março de 2024 o julgamento do casal Stéphanie de Jesus e Christian Campoçano, mãe e padrasto da menina Sophia OCampo, que morreu aos dois anos após uma série de agressões. Os dois são apontados como responsáveis pela morte da criança.
O caso será julgado por júri popular. O julgamento está marcado para às 8 horas do dia 8 de março. O magistrado pediu ainda que as os dias 13 e 14 também fiquem reservados, devido à complexidade do crime e por não estar definida a quantidade de testemunhas que irão depor.
Segundo informações, na ultima terça-feira, dia 05 de dezembro, o casal falou pela primeira sobre o caso. Em audiência, tanto, Stéphanie quanto Christian negaram autoria dos crimes e culparam um ao outro pela morte da criança.
Stéphanie foi a primeira a depor. Questionada pela pelo Ministério Público, a mãe da menina afirmou que o marido foi quem matou Sophia. “Sim, ele matou”, confirmou.
Na vez de Christian depor, ele disse que a mulher o acusou para se esquivar. O que eu vejo é ela me acusando para que não caia sobre ela”, respondeu ao juiz.
Caso Sophia
A menina, que já havia passado por diversas internações, morreu em janeiro deste ano. As investigações mostraram que Sophia foi levada pela mãe a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), já sem vida. A mulher chegou ao local sozinha e informou o marido sobre o óbito.
Uma testemunha afirma que depois de receber a informação sobre a morte de Sophia, o padrasto teria dito a frase: “minha culpa”.
Uma das contradições apontadas na investigação é o fato da mãe ter afirmado que antes de levar a filha para atendimento médico, a menina teria tomado iogurte e ido ao banheiro.
A versão é contestada pelo médico legista que garantiu que com o trauma apresentado nos exames, a criança não teria condições de ir ao banheiro ou se alimentar sozinha. A autópsia também apontou que Sophia pode ter agonizado por até seis horas antes de morrer. O padrasto e a mãe da menina são acusados do crime e estão presos.
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