Por Viviane Freitas | 19 agosto, 2021 - 10:59
Seis pontes de madeira no Pantanal de Mato Grosso do Sul foram destruídas por incêndio nos últimos dias. O fogo nestes locais já está controlado, porém, há outros pontos em chamas. Bombeiros, brigadistas do Ibama e moradores atuam nos combates e na prevenção de novos focos, algumas vezes causados pela combinação do tempo seco, altas temperaturas e vento forte, e ainda pela ação do homem.
As pontes de madeiras queimadas são acessos a fazendas, pequenas propriedades e até vilarejos. Agora, para sair ou chegar destas regiões, produtores rurais e moradores precisam fazer trajetos maiores.
Conforme a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), técnicos já elaboram projetos para licitação para a construção das 5 pontes destruídas em Corumbá e vão analisar a situação da ponte sobre o córrego Progresso, consumida pelo fogo em Porto Murtinho, nessa última quarta-feira (18).
No caso da ponte de Porto Murtinho, foi pedida investigação policial, pois galão com combustível teriam sido encontrados nas proximidades. A ponte fica na região da Ingazeira, que é um vilarejo perto de diversas fazendas a cerca de 80 quilômetros da área urbana.
Área destruída
Além do transtorno para quem vive e depende do trabalho nas regiões, o fogo destrói fauna e flora que compõe o Pantanal. Segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), somente este ano já foram queimados 193.925 hectares do bioma.
Parte desse total de área destruída fica na região da Nhecolândia. Lá, no dia 12 de agosto, um incêndio de grandes proporções queimou 3.891 hectares de vegetação, segundo a Polícia Militar Ambiental (PMA).
Os policiais usaram fotointerpretação de imagens do satélite e drone, também foram no local, e concluíram que o incêndio havia começado na fazenda de um idoso de 75 anos, morador em Campo Grande.
Diante disso, o produtor rural foi multado R$ 1,17 milhão e teve as atividades do local suspensas. Ele pode recorrer do valor da multa e poderá responder por crime ambiental, com pena prevista de dois a quatro anos de reclusão.
Mato Grosso do Sul está em situação de emergência devido à estiagem e incêndios florestais. As medidas foram publicadas no Diário Oficial do dia 13 de julho e valem por 180 dias.
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