VÍDEO: Chuva controla fogo no Pantanal, mas animais não resistem

Em uma floresta viva, o fogo no Pantanal Sul, registrado pela Brigada Alto Pantanal, mantida pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP), provocou a perda de diversos animais. O impacto das chamas foi documentado nas imagens da região dos Paiaguás, em Corumbá (MS), capturadas entre quinta-feira (23) e sexta-feira (24). A tragédia inclui cenas de uma cobra se contorcendo no calor e a carcaça de uma capivara, conforme mostrado em vídeo.

No sábado (25), a Brigada, em conjunto com o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) e o Corpo de Bombeiros, conseguiu controlar completamente o fogo. A chuva que ocorreu na região contribuiu para esse resultado positivo.

As imagens de satélite do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indicam a ausência de focos de incêndio na região pantaneira, abrangendo o norte de Mato Grosso do Sul e o sul de Mato Grosso, neste sábado.

De acordo com o IHP, até a quarta-feira, os incêndios na região dos Paiaguás estavam fora de controle, atingindo 3 metros de altura devido à terra seca. Após a extinção do fogo, as equipes puderam explorar a área em busca de animais sobreviventes. A Polícia Militar Ambiental (PMA), utilizando helicópteros do Grupamento Aéreo e drones, também participou dos esforços para localizar animais feridos.

As chuvas, concentradas na região da Serra do Amolar, ao norte de Mato Grosso do Sul, ajudaram a controlar as chamas no corredor de biodiversidade. Neste local, ações de prevenção estão em andamento desde janeiro.

O Pantanal enfrenta um cenário desafiador desde o início de novembro, marcando o pior mês de novembro da história para o bioma. Entre os dias 14 e 15 de novembro, foram registrados 279 focos de incêndio na área pantaneira de Mato Grosso do Sul, de acordo com o satélite de referência do Inpe. Os dados mais recentes indicam 27 focos ativos na região.

O médico veterinário Enderson Barreto, que integra o Grupo de Resgate de Animais em Desastres (GRAD-Brasil), ressaltou que a chuva não garante o fim das chamas, sendo necessário manter a vigilância para controlar os focos de calor e evitar possíveis retornos.

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— osulmatogrossense (@PortalOSM) November 27, 2023