Por Viviane Freitas | 9 agosto, 2023 - 13:01
Após um julho marcado por altas temperaturas, registrando um dos meses mais quentes em 62 anos em Campo Grande e também no interior, o cenário climático favorável seco e quente neste mês aumenta a possibilidade de ocorrências de grandes queimadas florestais em Mato Grosso do Sul.
Conforme alerta do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), para o trimestre de julho a setembro, a maior parte do estado, incluindo a capital, Campo Grande, está classificada como em níveis de “alerta” e “atenção” para riscos de queimadas.
Municípios como Caracol, Bela Vista, Jardim, Nioaque, Iguatemi, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Deodápolis, Douradina, Anaurilândia, Bataguassu, Terenos, Sidrolândia, Bandeirantes e Japorã estão em estado de “alerta alto” para ocorrências de incêndios florestais.
O Corpo de Bombeiros e o Centro de Monitoramento do Tempo e Clima de MS (Cemtec-MS) relatam que municípios como Corumbá, Rio Verde de Mato Grosso e Aquidauana concentram quase 97,3% dos atuais focos de calor no Pantanal.
No início deste mês, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) identificou 76 focos de incêndio no estado, uma média de 11 por dia. Se essa tendência persistir, Mato Grosso do Sul pode enfrentar mais de 300 incêndios até o final do mês, um recorde para este ano.
O clima quente e a falta de chuvas intensificam o risco de incêndios, com temperaturas previstas para atingir até 39°C em algumas áreas. A seca prolongada, aliada a altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, cria condições propícias para a propagação de incêndios.
O Comitê do Fogo, responsável por monitorar e combater incêndios florestais, tem intensificado suas ações de conscientização e prevenção. O governo de Mato Grosso do Sul decretou estado de emergência ambiental e proibiu queimas controladas até o final do ano.
As equipes de bombeiros estão usando tecnologias como drones e monitoramento via satélite para identificar e combater focos de incêndio, especialmente nas regiões pantaneira e de cerrado. O aumento da biomassa devido à estiagem também aumenta os riscos de incêndios florestais.
A expectativa é que as condições propensas a incêndios continuem até setembro, exigindo esforços contínuos para prevenir e combater esses incidentes que ameaçam a biodiversidade e a segurança das áreas afetadas.
25 novembro, 2024
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