Por Viviane Freitas | 25 maio, 2021 - 9:30
Durante a pandemia houve o aumento no consumo de ovos de galinhas, por ser a proteína de valor mais acessível em comparação as carnes, mas, ele tem registrado altas e baixas recentes por conta do mercado volátil, que nem sempre o consumidor percebe no bolso. De acordo com a Camva (Cooperativa Agrícola Mista de Varzea Alegre), o principal ‘vilão’ para os produtores de ovos é a ração para as galinhas, que vem registrando aumentos constantes nos preços.
Conforme o diretor-presidente da cooperativa, Reinaldo Issao o custo da ração dobrou. “O milho que quando estava caro custava R$ 50, agora já passou de R$ 100”, explica.
Por exemplo, a tonelada da ração para as aves, era vendida há um ano por cerca de R$ 1.180, mas neste mês já chegou a custar R$ 2.030. É preciso levar em conta a cotação diária dos commodities (mercadoria).
Com o aumento na alimentação das aves produtoras, mais custa ao produtor para mantê-las. Como consequência, os empresários precisam repassar o valor do aumento para o preço do ovo, como qualquer negócio. “Dependendo da oferta e demanda a gente consegue repassar (para o consumidor), dependendo do caso não conseguimos”, contou Issao.
Porém, muitas vezes há um impedimento que faz com que esse valor não chegue até o consumidor, que é força da oferta e demanda.
“É uma gangorra. Tem muito mais oferta do que demanda. Existem grande produtores no Brasil. É como uma ‘bolsa do ovo’, tem muita oferta, o preço cai. O produtor é obrigado a acompanhar isso se não acaba ficando para trás”, encerra.
24 novembro, 2024
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