Por João Paulo Ferreira | 27 março, 2020 - 12:47
O Conselho de Pastores de Campo Grande vai enviar um comunicado as igrejas evangélicas da cidade a manterem suas atividades presenciais suspensas até o dia 5 de abril, seguindo o primeiro decreto municipal que instituiu uma ‘quarentena’ de 15 dias como medida de prevenção a disseminação do novo coronavírus.
A decisão foi tomada após reunião com o prefeito Marquinhos Trad (PSD) na manhã desta sexta-feira (26), apesar de um novo decreto editado por ele na quinta-feira (26), possibilitar a abertura de igrejas e templos religiosos a partir de segunda-feira (30), desde que sejam seguidas rigorosas normas sanitárias para prevenção a transmissão do coronavírus.
O novo decreto do município, autorizando o funcionamento das igrejas e também de outros setores, como as lotéricas, por exemplo, foi editado depois que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), incluiu esses segmentos na lista de serviços essenciais para o país.
“Não entendemos o decreto do presidente antagonista ao primeiro decreto do prefeito. O presidente, no nosso entendimento, agiu certo ao incluir a necessidade espiritual como essencial, ainda mais neste momento e o prefeito também, quando determinou a ‘quarentena’ seguindo uma orientação do próprio ministério da Saúde”, comentou.
Segundo o presidente do Conselho, pastor Ronaldo Leite Batista, o comunicado será uma orientação, mas cada igreja terá liberdade para seguir o novo decreto município e reabrir o atendimento presencial a partir de segunda. Ele lembra, entretanto, que deverão ser respeitadas as exigências estipuladas pelo município.
O pastor destacou que após os 15 dias dessa ‘quarentena’ espera que a prefeitura se reúna com todos os setores da capital para discutir sobre o panorama da doença no município e quais medidas poderão se implementadas.
Ele destacou ainda que a reunião com o prefeito não teve o objetivo de tratar apenas da questão da reabertura ou não das igrejas e templos, mas também para pedir para que ele e outras autoridades do município e do estado, redobrem os cuidados com a saúde fisiológica, psicológica e espiritual da população neste momento de enfrentamento a pandemia.
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