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Em 2021, percentual de jovens que não estudam e nem trabalham atinge o maior patamar da série histórica em MS

Número de óbitos por Covid-19 cresceu 204% entre 2020 e 2021

Por João Paulo Ferreira | 5 dezembro, 2022 - 8:53

As taxas de desocupação e de subutilização em Mato Grosso do Sul, que haviam apresentado forte crescimento de
2015 a 2017, estabilizaramse neste patamar por dois anos e voltaram a crescer significativamente no período final. O
nível de ocupação, que equivale ao número de pessoas ocupadas sobre a população em idade ativa, que já havia
registrado queda em 2015, sofreu outra intensa redução em 2020 e, embora tenha subido um pouco em 2021, ficou
bem abaixo do nível de 2019. Ou seja, a desocupação e a subutilização que estavam se consolidando em patamares
elevados após a crise de 20152016, cresceram ainda mais, e alcançaram respectivamente, 9,5% e 19,7%, mas ainda
abaixo da média nacional (14% e 28,5%). Já o nível de ocupação (52,1%) indicou que quase a metade da população
em idade de trabalhar estava desocupada ou fora da força de trabalho também em 2021. A taxa de desocupação de
MS foi a 7ª menor do país. A maior foi registrada na Bahia (21,3%) e a menor em Santa Catarina (5,1%).

Nível de ocupação, taxa de desocupação e taxa composta de subutilização da força de trabalho Mato Grosso do Sul 20142021:

Em MS, durante a pandemia, caiu o percentual de empregados com vínculo e aumentou dos ocupados por conta própria

A participação dos ocupados segundo categorias de ocupação selecionadas indica redução daquelas com vínculo
formal de trabalho, em 2021. Em compensação, a população ocupada sem carteira de trabalho permaneceu estável e
os trabalhadores por conta própria registraram aumentos relativos. Tal fato indica o retorno ao cenário de 2019,
embora a queda entre os ocupados com vínculo formal tenha sido compensada principalmente pelo aumento dos
trabalhadores por conta própria, que atingem maior participação na série.

Participação dos trabalhadores, por categorias selecionadas de posição na ocupação Mato Grosso do Sul 20142021 (%)

O rendimento médio real habitual da população ocupada no trabalho principal, em 2021, reduziu para R$ 2.468
mensais, corroborando a dificuldade de recuperação, observada em outros indicadores, e ainda enfrentada pelo
mercado de trabalho naquele ano. Tomandose a série como referência, notase que os anos de maiores rendimentos
médios totais em MS foram 2020 (R$ 2 595) e 2018 (R$ 2 546), que atingiram valores cerca de 5,1% acima do registrado em 2021.

Em 2021, percentual de jovens que não estudam e nem trabalham atinge o maior patamar da série histórica em MS

O indicador de jovens que não estudavam e não estavam ocupados incluí simultaneamente aqueles que não estudavam e estavam desocupados (que buscavam emprego e estavam disponíveis para trabalhar) e aqueles que não
estudavam e estavam fora da força de trabalho, ou seja, não tomaram providências para conseguir trabalho, ou
tomaram providências, mas não estavam disponíveis para trabalhar.

No primeiro ano de pandemia, 2020, em relação ao ano anterior de 2019, houve queda de 45,9% para 42,8% de jovens de 15 a 29 anos que estavam somente ocupados no mercado de trabalho e de 13,9% para 12,9% de jovens que estavam ocupados e estudavam. A queda no total de jovens ocupados não foi compensada pelo aumento de 3,0 pontos percentuais de jovens que somente estudavam, de 20,7% para 23,8%, no mesmo período. Como consequência, o percentual dos que não estudavam nem estavam ocupados subiu de 19,5%, em 2019, para 20,5% em 2020. Em 2021, o percentual de jovens de 15 a 29 anos que não estudavam nem estavam ocupados avançou para 21,6%, atingindo o maior patamar da série histórica, com um total de 137 mil jovens.

Percentual de jovens de 18 a 24 anos de idade que não estudam e nem estão ocupados – Mato Grosso do Sul – 2012-2021 (%)

O rendimento domiciliar per capita é o valor obtido quando se soma todos os rendimentos domicílio e dividese o
valor pelo número de moradores. O rendimento per capita médio é média obtida entre todos os valores registrados.
Em MS, para o ano de 2021, o rendimento domiciliar per capita médio registrado foi de R$ 1.435,00.

Outro valor que ajuda a entender a dinâmica da distribuição dos rendimentos é o valor mediano. O valor mediano do
rendimento per capita dos sulmatogrossenses é de R$ 943,00. A diferença entre os números indica que os valores
no topo dos registros de rendimento estão mais distantes do centro.

Diferença de rendimentos per capita entre brancos, pretos e pardos aumentou

Considerada a informação de cor ou raça, o gráfico segue mostrando a diferença ao longo dos anos.

Rendimento médio per capita por cor ou raça Mato Grosso do Sul 20122021 (%)

Os dados também mostram a diferença entre o rendimento domiciliar médio per capita para homens e mulheres.
Como os valores consideram a quantidade de moradores no domicílio, a diferença fica menos acentuada do que a
encontrada quando são comparados valores recebidos pela pessoa.

Rendimento médio per capita por sexo Mato Grosso do Sul 20122021 (%)

Em MS, o rendimento médio per capita dos domicílios, se descontados os benefícios sociais de distribuição de renda,
ficou em R$ 1400,00.

Distribuição do rendimento mostra que o maior percentual dos domicílios tem renda per capita média entre ½ e 1 salário mínimos

Ao se analisar a distribuição das pessoas por classes de rendimento, em MS, os valores registrados foram:

É necessário somar mais de 60% do rendimento das pessoas mais pobres para se alcançar os valores dos 10% mais ricos

A distribuição percentual do total de rendimento domiciliares per capita permite entender a dinâmica do fluxo dos
rendimentos. Com a tabela abaixo, podese entender que, de todo o montante de rendimentos que flui mensalmente
em MS, 39,4% eram direcionados para os 10% com maiores rendimentos. Outra informação que se pode depreender
da tabela é que se faz necessário somar os rendimentos de mais de 60% das pessoas com menor rendimento para que
se consiga chegar ao valor dos 10% com maiores rendimentos. Os números explicam a diferença entre a média e a
mediana citadas anteriormente, pois a discrepância entre os valores mais altos e o todo puxa média para cima
enquanto a mediana se mantém baixa.

Índice de Gini do estado é o oitavo melhor do país

A distribuição dos rendimentos permite calcular o Índice de Gini. O índice visa a registrar a discrepância na distribuição de renda, variando entre 0 e 1. Quanto menor o valor, melhor.

MS registrou um índice de Gini de 0,496 e Campo Grande, 0,537. O índice Brasil ficou em 0,544. No comparativo
entre as UFs e capitais, MS registra o 8º melhor índice, enquanto Campo Grande registra o 13º valor entre as capitais. A progressão do índice de gini do MS e capital ao longo dos anos é a tabela a seguir:

Extrema pobreza atinge 3,6% da população de MS

A extrema pobreza é definida pelo Banco Mundial para países de renda baixa com o valor de U$ 1,90 per capita por
dia (na cotação de 2011). Já para países com renda médiabaixa, essa referência é de U$ 3,2 por dia. Já para os países
de renda médiaalta, U$ 5,5 por dia. Para Brasil e MS percentuais da população qe se encaixam nestas faixas são os
que seguem.

A renda média per capita muda se forem retirados os valores dos programas sociais. Da mesma forma mudam os
percentuais das pessoas que estão nas faixas de pobreza. A tabela a seguir mostra a nova configuração:

Entre 2010 e 2021, estabelecimentos de saúde crescem 72,2% em Mato Grosso do Sul
No módulo saúde, a Síntese de Indicadores Sociais também trouxe dados sobre os estabelecimentos de saúde a partir
dos dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde CNES, do Ministério da Saúde, do período entre 2010 e 2021. O estudo reúne informações dos estabelecimentos de saúde do país, tais como clínicas, consultórios, hospitais, laboratórios, dentre outros, e acerca da estrutura e dos recursos destas organizações.
Na análise da quantidade mensal média de estabelecimentos de saúde, por ano, verificouse que, em Mato Grosso do
Sul, houve um crescimento de 72,2% em 2021 (5.271 estabelecimentos) comparado aos dados de 2010 (3.061
estabelecimentos) e de 8,5% na comparação com os estabelecimentos de saúde registrados em 2020 (4.878
estabelecimentos). No entanto, verificase uma ligeira diminuição na quantidade de hospitais gerais, saindo de 110
estabelecimentos em 2010, para 99 estabelecimentos em 2020 e em 2021. Por outro lado, percebese que a
quantidade mensal média de estabelecimentos de apoio de diagnose e terapia obteve um considerável crescimento,
saindo de 263 estabelecimentos, em 2010, para 413 estabelecimentos em 2020 e 433 estabelecimentos em 2021.
Além disso, verificouse aumento na quantidade mensal média de estabelecimentos de atendimento ambulatorial
pelo SUS. Em 2021, foram registrados 1.238 estabelecimentos desse tipo, o que significa um aumento de 40% na
comparação com 2010 (884 estabelecimentos) e de 2,5% na comparação com 2020 (1.205 estabelecimentos). A
quantidade mensal média de estabelecimentos de atendimento ambulatorial particulares também apresentou
crescimento, visto que, em 2021, foram registrados 3.405 estabelecimentos, o que significa um aumento de 77% na
comparação com 2010 (1.920 estabelecimentos) e de 9,9% na comparação com 2020 (3.098 estabelecimentos). Já a
quantidade mensal média de estabelecimentos de urgência com atendimento SUS era de 115 estabelecimentos em
2010, passando para 146 estabelecimentos em 2021.
A quantidade mensal média de estabelecimentos de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia (SADT) pelo SUS era de
331 estabelecimentos em 2021, o que representa um aumento de 13,3% em relação aos dados de 2010 (292
estabelecimentos) e de 1,1% em relação aos de 2020 (335 estabelecimentos). Na rede particular, foram registrados
474 estabelecimentos SADT em 2021, o que representa um aumento de 64,5% na comparação com 2010 (288
estabelecimentos) e de 6,5% em relação aos dados de 2020 (445 estabelecimentos).
Entre 2010 e 2021, os leitos complementares subiram 106,7% em MS

Os leitos hospitalares se dividem em duas categorias: leitos de internação e leitos complementares. Estes últimos
abrangem os leitos de Unidade de Tratamento Intensivo UTI e Unidade Intermediária. Em 2010, havia em MS, 5.939 leitos de internação, sendo 3.837 do SUS. Já em 2021, esse número era de 5.745, sendo 3.914 do SUS. Os leitos
complementares, no entanto, eram 440 (316 do SUS) e subiram para 908 (538 do SUS).
Em 2019 havia 662 leitos complementares. Devido à demanda causada pela pandemia, de 2019 para 2020, aumentou para 908 leitos complementares totais e, de 2020 para 2021, os leitos complementares aumentaram para 1.194.
Comparandose o período de 2019, prépandemia, e o ano de 2021, houve aumento de 80,3% nos leitos
complementares totais. Somente no SUS, houve aumento de 86,0%, partindo de 402 (2019) e atingindo o total de 748 (2021).

Se for considerado somente a variável, leitos complementares para adulto, tivemos o número total de leitos saltou de
600, em 2020, para 820, em 2021. Somente no SUS, houve um salto de 59,0%, e fora do SUS, aumento de 13,9%.
Agora, nos leitos complementares infantis (pediátricos + neonatal, UTI e Unidade Intermediária), só no MS, houve queda no SUS (0,6%) e aumento nos estabelecimentos não SUS (14,5%).

MS tem aumento de 19,8% no número de beneficiários de plano de saúde, entre 2021 e 2022
A pesquisa contemplou a variável, número de beneficiários de plano de saúde por trimestre. Para Mato Grosso do Sul, se comparados somente os 2º semestres de cada ano, iniciando no ano de 2020 temos que, de 2020 para 2021 houve aumento de 8,8% de beneficiários, enquanto de 2021 para 2022 houve aumento de 10,1%. Comparando o 2º semestre de 2020 com o 2º semestre de 2022, temos um aumento de 19,8% no número de beneficiários.

Se levarmos em conta somente o 2º semestre de 2022, podese obter um ranking onde o MS configurou a 21ª posição no número total de beneficiários de plano de saúde. Em primeiro lugar ficou São Paulo, com 10,8 milhões, e em último lugar ficou Roraima, com 12.200 beneficiários.
Número médio de profissionais de enfermagem aumentou 240,6% em 12 anos

Em 2010 havia 3.078 profissionais entre médicos e médicas no estado. Em 2021, o número subiu para 4.913,
representando um aumento de 59,6% no período. Na proporção usada comumente como referência, em 2010 havia
12,3 profissionais da medicina para cada 10.000 habitantes. Em 2021, o número passou para 17,3.
Em relação aos profissionais de enfermagem, tivemos que de 2010 para 2021, houve aumento de 240,6%. Entre os
profissionais técnicos e auxiliares de saúde, o número médio mensal saltou 79,7% entre 2010 e 2021. Por fim, o número médio de odontólogos em MS subiu 35,6% entre 2010 e 2021.

Em MS, número gerais de óbitos aumentaram 47,8% de 2019 para 2021

Os números totais de óbitos também aumentaram em MS. Em 2019, atingiuse a marca de 16.815. No ano de 2020, o
número de óbitos saltou 13,3%. Em 2021, esse número saltou para 24.852, correspondendo a um aumento de 47,8%
se comparado com 2019, período prépandemia.
O número de óbitos de homens brancos, na passagem do ano de 2020 para 2021, cresceu 30,5% em Mato Grosso do
Sul. Em 2020 foram registrados 4.848 óbitos e em 2021 6.329. Entre os homens pretos ou pardos, no mesmo período, o número dos óbitos aumentou 26,5%. Sendo que em 2020 foram 5.831 óbitos e em 2021 foram 7.379 óbitos.
Entre as mulheres brancas, em MS, o número de óbitos foi de 3.926 em 2020, e de 5.281 em 2021, correspondendo a
um aumento de 34,5%. Já entre as mulheres pretas ou pardas, o número de óbitos atingiu a marca de 3.574 em 2020, e de 4.897 em 2021. Esses números, para as mulheres pretas e pardas, correspondeu a um aumento de 37,0%.

Doenças infecciosas e parasitárias se tornaram a maior causa de óbitos em MS devido a pandemia de COVID19
Entre 2010 e 2019, as duas principais causas de óbitos no Brasil e em MS eram Doenças do aparelho circulatório e
Neoplasias [tumores]. Situação que foi modificada em 2020 e 2021, com a maior participação de algumas doenças
infecciosas e parasitárias, tornandose o segundo grupo de causas mais importantes em 2020 e o primeiro em 2021,
um efeito da pandemia de COVID19 na mudança do perfil das causas dos óbitos ocorridas no País. Em 2019, no estado, as Doenças do aparelho circulatório corresponderam a 29,1%, as Neoplasias a 17,2% e as Doenças infecciosas e parasitárias apenas 3,8% do total. Por sua vez, em 2021, esses grupos de doenças alcançaram respectivamente 28,7%, 12,1% e 30,8%.
A análise da mortalidade causada pela pandemia de COVID19 em Mato Grosso do Sul mostra um aumento de 204,5% nos óbitos entre 2020 e 2021. A maioria das mortes ocorreu entre homens, alcançando 56,1% e 55,8%
respectivamente. A pequena queda indica uma maior participação feminina no segundo ano da pandemia,
representando um aumento de 206% nos óbitos entre as mulheres.
MS teve 17,4% de taxa de letalidade por Covid19

Em relação a Covid19, a SIS pesquisou as medidas ou ações relacionadas à pandemia adotada pelos 79 municípios de MS. Para isso, obtevese o seguinte quadro:
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