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Horário de verão: Governo analisa retorno e decisão será de Lula

ONS recomenda medida para aliviar demanda de energia, enquanto Mato Grosso do Sul acompanha possíveis efeitos no setor agrícola e industrial

Por João Paulo Ferreira | 20 setembro, 2024 - 8:55

Foto: Daniel Novaes

Após uma reunião realizada na última quinta-feira (19) no Rio de Janeiro entre autoridades do setor elétrico, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou a reimplantação do horário de verão como uma medida prudente para garantir a segurança energética do país. A decisão final, no entanto, ficará a cargo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e deverá ser anunciada nos próximos 10 dias.

Apesar da recomendação, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que ainda não está completamente convencido de que o retorno do horário de verão seja a solução mais adequada. Em coletiva de imprensa, Silveira mencionou que outras opções estão sendo estudadas, sempre levando em consideração a segurança no fornecimento de energia e a modicidade tarifária, ou seja, a manutenção das tarifas em níveis baixos.

O cenário de escassez hídrica preocupa, especialmente considerando o estudo do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que apontou o menor índice pluviométrico dos últimos 74 anos. Esse fator agrava a sobrecarga no sistema elétrico, principalmente no horário de pico, que ocorre entre 18h e 20h. Contudo, o ministro foi categórico ao afirmar que não há risco de uma crise energética no momento.

Relatório do ONS recomenda a medida

O relatório do ONS, que analisa o cenário energético até 2026, classifica como prudente a reintrodução do horário de verão. Segundo Silveira, esse estudo fortalece o diálogo entre todas as entidades do setor, que seguem acompanhando de perto o cenário hidrológico do país.

Se houvesse qualquer indício de crise energética, o retorno imediato do horário de verão já teria sido decretado, assegurou o ministro. A medida também busca mitigar os efeitos do aumento de 5% no consumo de energia registrado em setembro, evidenciando o crescimento econômico.

Debate econômico e implicações para Mato Grosso do Sul

O retorno do horário de verão divide opiniões entre diferentes setores da economia. Enquanto a indústria e o setor de serviços divergem sobre a eficácia da medida, a sobrecarga no sistema entre o fim da tarde e o início da noite, somada à escassez de água, intensifica a discussão sobre a necessidade de ações emergenciais.

Em Mato Grosso do Sul, o impacto do horário de verão também é observado de perto. O estado, que possui forte dependência da hidroeletricidade e uma economia ligada à agroindústria e ao setor de serviços, poderia enfrentar desafios com a alta demanda energética. O horário de verão poderia aliviar parte da pressão sobre o sistema elétrico local, especialmente durante a safra de cana-de-açúcar e soja, quando o uso de energia aumenta consideravelmente.

Lista de prós e contras do horário de verão

Prós:

  1. Economia de energia elétrica: Redução do consumo no horário de pico, aliviando o sistema.
  2. Aproveitamento da luz natural: Maior exposição à luz solar, reduzindo o uso de iluminação artificial.
  3. Redução de custos para o setor elétrico: Menor necessidade de acionamento de termelétricas, que são mais caras.
  4. Menor sobrecarga no sistema elétrico: Alívio no consumo durante o horário de maior demanda.

Contras:

  1. Impactos na saúde: Alterações no relógio biológico podem causar fadiga e insônia em algumas pessoas.
  2. Efeito limitado na economia de energia: O avanço tecnológico e o uso de eletrônicos diminuíram a eficácia da medida.
  3. Setores contrários: O setor de serviços e comércio podem ser prejudicados, uma vez que dependem do comportamento do consumidor, que se adapta de maneiras distintas ao novo horário.
  4. Custos de adaptação: Mudanças nos horários de trabalho e nas rotinas podem gerar custos adicionais para empresas e trabalhadores.

A questão segue sendo debatida, e a decisão sobre a volta ou não do horário de verão será fundamental para o planejamento energético nos próximos anos, com impacto direto em estados como Mato Grosso do Sul.

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