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Igreja proíbe penteados afro e maquiagem e enfrenta acusação de racismo

Comunidade cristã recuou após críticas e pediu desculpas por comunicado discriminatório

Por João Paulo Ferreira | 8 dezembro, 2024 - 12:49

A Igreja Pentecostal Deus é Amor (IPDA) gerou controvérsia na última sexta-feira (6) ao divulgar um comunicado interno que proibia o uso de penteados afro, maquiagem e outros itens relacionados à aparência de seus fiéis. A decisão foi amplamente criticada nas redes sociais, onde internautas e organizações denunciaram o conteúdo como racista e discriminatório. A forte repercussão levou a igreja a recuar e emitir um pedido oficial de desculpas, alegando que o texto foi “mal redigido” e não refletia a real intenção da diretoria.

Regras controversas

No comunicado inicial, a IPDA determinava que “não será mais tolerado” o uso de penteados afro, maquiagem e roupas consideradas “sensuais”. Para os homens, a proibição incluía barbas por fazer e calças justas; para as mulheres, não eram permitidos cortes de cabelo, pinturas nas unhas ou maquiagens. O texto justificava as normas como baseadas em princípios bíblicos de modéstia e santidade, citando trechos como 1 Pedro 3:3-4 e 1 Timóteo 2:9-10.

Acusações de racismo

A principal crítica recaiu sobre a proibição dos penteados afro, considerada por muitos como uma violação à identidade cultural e racial. “Proibir o penteado natural da pessoa é racismo”, afirmou um internauta. A pressão gerada pelas denúncias fez a igreja revisar sua postura e cancelar as restrições relativas aos cabelos afro.

Pedido de desculpas

Diante da repercussão negativa, a IPDA emitiu uma nota reconhecendo que o comunicado havia sido “mal formulado”. A igreja pediu desculpas “se as palavras mal redigidas tenham ferido algum irmão em Cristo” e reafirmou seu compromisso com os princípios bíblicos, mas sem discriminação.

Impacto e reflexões

O caso evidencia como práticas de instituições religiosas podem conflitar com direitos individuais e culturais. Embora o recuo da IPDA seja um avanço, o episódio levanta questões sobre a persistência de preconceitos em contextos religiosos e a necessidade de uma maior responsabilização por parte dessas entidades.

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