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Internet chega a 92,2% dos domicílios de Mato Grosso do Sul

Quase todos os domicílios que usam Internet o fazem pelo celular, mas televisão continua a ganhar espaço

Por Redação | 16 setembro, 2022 - 14:04

Em 2021, dos 947 mil domicílios particulares permanentes de MS, cerca de 873 mil (92,2%) utilizavam a Internet, de
acordo com a PNAD Contínua TIC. Dentre os equipamentos pesquisados, o celular continua a ser o mais utilizado para navegar na rede (99,5%). Na comparação com os anos anteriores, o crescimento do uso do celular para acesso à
internet aumentou 0,9 ponto percentual (p.p.) em relação à 2016 (98,6%) e diminuiu 0,2 p.p em relação à 2019 (99,7%).

A televisão foi o segundo equipamento utilizado para acesso à internet, alcançando 45,4% em 2021. Esse número é
37,3 p.p. superior ao encontrado em 2016 (8,1%) e 9,4 p.p. em relação aos dados de 2019 (36%).

Adicionalmente, a categoria computador ou tablet foi a terceira mais utilizada para conexão à rede, estando presente
em 44,3% dos domicílios sul-mato-grossense que utilizavam a Internet em 2021. No entanto, esse uso foi reduzido se
compararmos ao percentual encontrado em 2016 (54,9%) e em 2019 (45,7%).

Rendimento médio de domicílios com acesso à internet banda larga diminui em MS

O rendimento médio mensal per capita dos domicílios sul-mato-grossenses em que havia utilização da Internet por
banda larga foi de R$ 1.560,00, em 2021. Esse número é 10,8% menor em relação ao encontrado em 2016, quando o
rendimento médio mensal dos domicílios com internet banda larga era de R$ 1.749,00; e 11,9% menor na comparação com o valor estimado em 2019 (R$ 1.771,00).

Na comparação com as demais Unidades da Federação (UFs), os maiores valores foram encontrados no Distrito
Federal (R$ 2.562,00), Rio Grande do Sul (R$ 1.881,00) e São Paulo (R$ 1.870,00). O menor valor foi verificado no
Maranhão (R$ 729,00). No ranking, Mato Grosso do Sul ocupa a 8ª posição.

Ainda em relação ao rendimento médio dos domicílios sul-mato-grossenses em que havia utilização da internet por
banda larga, verifica-se que, em 2021, o rendimento médio mensal per capita dos domicílios com banda larga fixa (R$ 1.657,00) era superior ao rendimento dos domicílios que utilizavam a banda larga móvel (R$ 1.599,00).

Além disso, a renda per capita média dos domicílios onde havia uso da internet caiu na passagem de 2019 para 2021,
não importando o equipamento utilizado para acesso Domicílios em que se usa internet cujo acesso era feito pelo celular são os que possuem menor rendimento. Em 2019, o rendimento médio per capita dos domicílios em que se acessava a internet pelo celular era de R$ 1.770,00, número bem semelhante ao de 2016 (R$ 1.748,00). Em 2021, o valor caiu para R$ R$ 1.562,00 (-11.8% em relação a 2019).

A maior renda per capita foi registrada nos domicílios onde a internet era utilizada em tablet. Em 2019 os domicílios
nesta condição tinham rendimento per capita de R$ 2.812,00, passando a R$ 2.663,00 em 2021, tendo registrado a
menor queda no período (-5,3%).

A maior queda no rendimento médio per capita foi a dos domicílios que acessavam internet pela TV, saindo de R$
3.258,00, em 2016, e de R$ 2.462,00, em 2019, para R$ 2.023,00, em 2021 (-37,9 % para 2016 -17,8% para 2019).

Cerca de 88,5% das pessoas com 10 anos ou mais têm telefone celular

Em MS, o percentual de pessoas que tinham telefone móvel para uso pessoal na população de 10 anos ou mais de
idade subiu ligeiramente de 2016 (84,6%) para 2021 (88,5%). Em 2021, 89,1% das mulheres e 87,9% dos homens
tinham celular para uso pessoal. No estado, segundo a distribuição percentual, o grupo etário em que a posse de
telefone móvel é maior fica na faixa dos 30 a 39 anos (20,8%) e a menor a do grupo de 10 a 13 anos (4,6%). Os idosos
de 60 anos ou mais apresentaram 13,8% de posse de celular dentro do total.

Dos motivos alegados pelos entrevistados para não terem celular de uso pessoal, quatro se destacaram: alto custo do
aparelho e/ou dos serviços telefônicos (35,4%), não sabiam usar (20,8%), falta de interesse de ter telefone móvel
celular (15,0%) e costumavam usar o telefone móvel celular de outra pessoa (14,6%).

Aumenta a proporção de domicílios com conversor digital e diminui o acesso de TV por assinatura

Em 2021, dos 951 mil domicílios particulares permanentes de Mato Grosso do Sul, em 94,2% (896 mil) havia
televisão, permanecendo praticamente estável quando comparado a 2016 (96,8%). No Brasil, a percentagem é de
95,5% (2021). Os valores do rendimento real médio per capita dos domicílios com televisão em MS é maior que a
média nacional (R$ 1.558 e R$ 1.453, respectivamente).

Em MS, de 2016 a 2021 houve aumento acentuado na proporção de domicílios com TV de tela fina (de 51,8% para
83,9%) e retração na taxa de domicílios com TV de tubo (de 35,5% para 12,5%). O rendimento real médio per capita
dos domicílios com televisão de tela fina (R$ 1.643) foi muito mais elevado que o daqueles que tinham televisão de
tubo (R$ 992). Aumentou também o número de domicílios com televisão com conversor (integrado ou adaptado)
para receber o sinal digital de televisão aberta. No Brasil, em 2016, 71,8% dos domicílios com televisão tinham
conversor; em 2021, passaram a ser 90,9%. Já em Mato Grosso do Sul, a porcentagem saltou de 60,7% (2016) para
90% (2021). A antena parabólica, que é uma antena refletora utilizada para a recepção de sinais de rádio e televisão,
teve presença reduzida nos lares sul-mato-grossenses, de 44,5% em 2016 para 32,5% em 2021.

Interessante notar que, de 2016 para 2021, a PNAD Contínua TIC constatou um pequeno aumento na proporção de
domicílios onde não havia televisão: de 3.2% para 5,7% dos domicílios do MS.

Microcomputadores e tablets em baixa nos domicílios

Os resultados de 2016 a 2021 mostraram um lento declínio na proporção de domicílios de MS em que havia
microcomputador ou tablets. Eles representavam 43,4% do total em 2021, sendo que nos anos anteriores eram 48,8% em 2016, 47,6% em 2017, 44,5%, em 2018 e 44,9% no ano de 2019. A Unidade da Federação com maior
porcentagem de microcomputador ou tablet foi o Distrito Federal (67,1%), seguido por São Paulo (56,1%) e Rio Grande do Sul (52,3%). As três UFs com menor porcentagem nesse quesito foram Alagoas (25,5%), Pará (23,6%) e
Maranhão (18,8%). Mato Grosso do Sul mostrou o 8º maior percentual entre as UFs, ficando a média nacional em
42,6%.

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