Por João Paulo Ferreira | 18 novembro, 2019 - 10:07
Mesmo após as obras nos lagos do Parque das Nações Indígenas, bancos de areia continuam nas águas que abastecem um dos principais cartões-postais de Campo Grande. Na bacia de contenção, por exemplo, que forma o lago menor no parque e deságua no maior, é possível observar o acúmulo de sedimentos. Por conta do problema, ontem o lago estava praticamente vazio.
No Córrego Revellion, que passa no cruzamento das avenidas Mato Grosso e Hiroshima – e abastece os lagos –, atualmente há apenas um fio de água, quase imperceptível, em razão do grande volume de areia.
O gerente de Conservação do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Leonardo Palma, afirma que o problema é resultado do assoreamento dos outros córregos que abastecem os lagos do Parque das Nações Indígenas. “Ainda há obras dentro do projeto de desassoreamento do Parque das Nações Indígenas. Essas obras serão licitadas e incluem o Córrego Revellion, que fica nos altos da Avenida Mato Grosso, e o Joaquim Português, que vem do Parque do Prosa”.
Os investimentos para a recuperação dos lagos são divididos entre a prefeitura municipal, com R$ 8 milhões, e o governo do Estado, com R$ 3 milhões. No projeto, estão incluídas a construção de um piscinão no Córrego Revellion, obras de controle de erosão e recomposição vegetal das margens do Córrego Joaquim Português e implantação de uma comporta de regulação do nível do lago.
A licitação das obras do Córrego Joaquim Português chegou a ser lançada pelo governo do Estado, mas foi retirada porque, segundo o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, alguns erros precisavam ser corrigidos.
As obras no Parque das Nações Indígenas começaram com o desassoreamento dos lagos, ou seja, a retirada de sedimentos do local. Essa parte foi feita pela prefeitura e resultou na retirada de 135 mil metros cúbicos de areia, com 12.500 viagens de caminhão até o local de descarte, nos fundos do Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante e População de Rua (Cetremi), no Parque dos Poderes.
Com cinco hectares, o lago principal acumulou 115 mil metros cúbicos de areia, que foram retirados em 11 mil viagens de caminhão. No lago menor, onde já é possível ver os sedimentos novamente, foram retirados 15.474 metros cúbicos de areia.
O lago maior do Parque das Nações Indígenas está sendo esvaziado novamente. Segundo a assessoria de imprensa do Imasul, a diminuição do volume de água é uma das fases das obras de manutenção do local, que inclui a construção dos decks e a reforma dos gabiões, estruturas responsáveis pela drenagem da área.
No entanto, a nova manutenção frustrou turistas que aproveitaram o feriado e o fim de semana para visitar o Parque das Nações Indígenas. “Somos de Rio Verde e passamos o feriado em Campo Grande. Trouxe as crianças para conhecer o parque e encontramos essa beleza aqui”, afirma o designer gráfico Jerri Marinho, 49 anos, sobre o lago vazio.
Ainda não há previsão para a finalização das obras do parque. Segundo o arquiteto da Engearq, empresa responsável pela reforma e que venceu a licitação desse trecho, Allan Mendes Duarte, quatro decks estão inclusos no projeto, e a obra ainda está com 30% de execução.
Com informações do site Correio do Estado
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