Por João Paulo Ferreira | 6 novembro, 2019 - 11:48
A área queimada no Pantanal do Mato Grosso do Sul já chega a 139,7 mil hectares de vegetação, uma área equivalente aos municípios do Rio de Janeiro e Niterói juntos. Esses são os dados oficiais do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Desde o último fim de semana de outubro a região está em chamas.
O trabalho de combate ao fogo conta com bombeiros, policiais, brigadistas e funcionários de fazendas da região. Veículos terrestres e aeronaves, entre elas uma do Distrito Federal, dão apoio.
Conforme os militares, na noite de terça-feira e na madrugada desta quarta-feira (6) choveu no Pantanal. Na fazenda que tem servido de base para o comando de combate foram três horas de chuva. A equipe faz sobrevoo para avaliação das atuais condições do incêndio e assim definir os próximos passos. A previsão é de mais chuva para a região.
Até a última terça-feira (5), de acordo com o governo do estado, o fogo avançava para a região do Forte Coimbra, entre Corumbá e Porto Murtinho. Alguns focos de incêndio também seguem para a borda do Parque Estadual do Rio Negro, no centro do bioma e ameaçam o Parque Estadual das Várzeas do Ivinhema, no extremo Sul, na bacia do Rio Paraná, onde ocorrem focos em áreas situadas na divisa do Estado com o Paraná.
Este é o segundo incêndio de grandes proporções no Pantanal em dois meses. No primeiro, só em uma fazenda, foram destruídos 35 mil hectares.
A dimensão do incêndio desta vez é bem maior. O governo do estado resumiu como de “proporções nunca registradas” e “cenário de devastação”. A faixa de fogo vai da BR-262, que leva até a cidade de Corumbá, até pontos de difícil acesso no meio da mata.
Os números do Inpe mostram que houve aumento nas queimadas no Pantanal. Nos primeiros três dias de novembro foram 393 focos, sendo que a média para todo o mês é de 405.
No mês passado, o total de focos no Pantanal foi 20 vezes maior do que o mesmo mês do ano anterior. O bioma vai na tendência contrária ao que foi verificado pelo Inpe na Amazônia, que teve o menor número de queimadas para um mês de outubro desde 1998. Entre outros fatores, a diminuição dos focos na Amazônia foi verificada após ações do governo federal como a implementação da Operação da Garantia da Lei e da Ordem Ambiental (GLO).
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