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Moradores acompanham perícia em mau cheiro de empresa e laudo deve sair em 60 dias

Cerca de 50 moradores de oito bairros, da região sul de Campo Grande, acompanharam uma perícia no local

Por Viviane Freitas | 14 fevereiro, 2022 - 15:35


Cerca de 50 moradores de oito bairros, da região sul de Campo Grande, acompanharam uma perícia na empresa de adubos e fertilizantes na manhã desta segunda-feira (14). Eles realizaram uma manifestação pacífica, momento em que relataram o sofrimento diário ao conviverem com o odor há mais de 9 anos.

Uma perícia começou a ser realizada em 47 pontos e a intenção é alcançar o entorno e até 8,93 quilômetros adiante para fazer a medição dos gases e ver se eles estão sendo prejudiciais, ou não, à população.

“A perícia vai verificar tanto o tipo de gases produzidos, quanto o alcance do vento. Por dia, vamos fazer nove pontos, durante 24h, e seguir o cronograma por cinco dias. A previsão é que o resultado saia em dois meses e a população, se quiser, pode nos acompanhar”, disse a perita Kamilla Ajala, do IPC-MS (Instituto de Perícias Científicas de Mato Grosso do Sul).

O advogado Nelson Afonso, que representa os moradores há 20 anos, destaca que, até o momento, já são cerca de 470 processos da comunidade contra a empresa. Todos eles ressaltam o mau-cheiro e alegam também danos ao patrimônio.

“Fizemos um laudo técnico para que não fique parecendo que a população está contra a empresa. É uma série de fatores, como condições atmosféricas e até a corrente de ar que chega até eles (moradores). Eu ouvi relatos de pessoas com machas na pele sem explicação, sem apetite e com encefalite (dor de cabeça) recorrente. De crianças a idosos, cada um reage de uma forma. Sem esquecer a grande desvalorização dos imóveis, que caiu, no mínimo, 40%. Como se não bastasse essa perda, as pessoas ainda passam por constrangimentos e não conseguem nem levar visitas dentro de casa”, explicou o advogado.

Outro lado

Flávio Pereira é sócio-proprietário da empresa e se defende dizendo que o material orgânico chega, de forma crua na empresa, diariamente em horário comercial e também aos sábados pela manhã. Ele diz que possui muito clientes.

“O processo de compostagem aqui é em torno de 30 mil toneladas, que ocorre 24h por dia. Não tem como controlar a questão do cheiro, é matéria orgânica unificada. O que deveria ser levado em conta é que aqui não gera nenhum resíduo”, disse.

Ainda segundo responsável pela empresa, eles estão fazendo compostagem de forma correta. “Acredito que existe cheiro sim, não estou alheio aos moradores, mas aqui ao redor existe o lixão e estação de tratamento de esgoto da Águas Guariroba. O cheiro não é meu, e é isto eu quero constatar”.

Para comprovar a tese, Flávio falou que fez um estudo e contratou uma empresa alemã que esteve sete dias consecutivos no local.

“Eles encontraram apenas um pico de odor fora do padrão, o qual pode ser enxofre, só que o vento era bairro/empresa e não empresa/bairro. O Poder Público vai entender que o cheiro pode ser tratamento de esgoto e aterro sanitário”, ressaltou.

 

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