MS envia mais de 10 caminhões de donativos para vítimas no RS

Foto: Caio Tumelero

O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Mato Grosso do Sul (SetLog) tem coordenado diversas arrecadações de donativos em Campo Grande (MS) para auxiliar as vítimas da tragédia climática no Rio Grande do Sul. Mais de 10 carretas repletas de doações já foram enviadas para as cidades afetadas.

O presidente do Setlog-MS, Claudio Cavol, explicou que aproximadamente 4 caminhões estão partindo de Campo Grande diariamente com destino ao Sul. Todo o transporte está sendo realizado de forma voluntária pelo sindicato, com foco especial nas cidades do interior.

“O SetLog inicialmente se comprometeu a levar 10 carretas para o Sul, mas esse número já foi ultrapassado e as doações continuam chegando. Estamos direcionando as doações para algumas pequenas cidades do interior do Rio Grande do Sul, que acreditamos estar recebendo menos assistência do que as grandes cidades como Porto Alegre, Canoas e Esteio”, detalhou Claudio.

Uma portaria publicada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) liberou pedágio em rodovias federais para os veículos de carga que transportam doações para o RS. Além disso, os veículos têm atendimento prioritário e dispensa de fiscalização em postos de pesagem.

Claudio também relatou que o acesso ao estado tem sido dificultado pelas estradas alagadas, então os caminhões são direcionados para as cidades com acessos liberados. “Existem muitas cidades que estão totalmente ilhadas, sem acesso rodoviário, e infelizmente não conseguimos atendê-las”, acrescentou o presidente.

Nesses locais, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul trabalha para buscar e redistribuir os donativos nas cidades com maior necessidade. “Algumas prefeituras estão recebendo mais do que outras, então para aquelas que necessitam mais, estão realizando essa redistribuição dentro do estado”, ressaltou Claudio.

Quanto aos tipos de doações, Claudio mencionou que a maioria consiste em roupas, água mineral, alimentos e brinquedos. “De preferência, daqui para frente, seria bom se a população que ainda queira fazer alguma doação concentrasse nos alimentos, proporcionando uma maior quantidade de alimentos”, destacou Claudio.