Por Viviane Freitas | 18 outubro, 2021 - 9:21
“Nasci de novo. Foi um livramento muito grande”, disse a Amanda Gonçalves, de 16 anos após ser atingida por uma árvore durante um vendaval que encobriu Mato Grosso do Sul de poeira. Ela estava dentro do carro aguardando sua mãe, Fabiane Barreiros Gonçalves, no estacionamento da loja de materiais de construção em Campo Grande. A adolescente teve a perna direita fraturada e segue em observação na Santa Casa da capital.
Antes do susto, Fabian que não “tinha vestígio de nenhum temporal ou ventania”. “Entrei na loja e comecei a escutar um barulho no teto. Eu perguntei para o atendente e vimos a ventania pelo vidro da loja. Aí eu fui buscar minha filha no carro. No que eu estava indo, eu vejo a árvore caindo em câmera lenta. Neste momento eu pensei: ‘Deus, salva minha filha’. A árvore caiu em cima do carro e para mim ela [filha] estava morta dentro do carro”, detalhou.
Depois que a árvore caiu sobre o carro, Fabiane entrou em desespero. “Foi então que ela acenou com a luz do celular e começaram a gritar: ‘ela tá viva’. Ela me ligou e falou que estava viva”.
Agora no hospital, em observação e recuperação, Amanda descreveu o momento como “um livramento muito grande”: “Foi muito rápido. Para mim, eu nem pensava que tinha aquela árvore. Eu só fechei o vidro quando vi o temporal. Vi as pessoas recolhendo as coisas por causa do vento. Bem quando fechei os vidros, a árvore veio em direção ao banco do passageiro. Ficou a minha perna direita. A árvore caiu sobre o carro e atingiu a minha perna“, retomou a memória Amanda.
A adolescente relatou que se virou para fechar o vidro, com a ventania, e sentiu a árvore caindo. “Foi um barulho horrível. Eu só tinha calma. Eu sabia que não tinha batido a cabeça. Só pensava no carro da minha mãe que era o meio de trabalho dela. Eu estava com medo de como as pessoas iam me tirar de lá. De resto, eu sabia que tinha machucado só a minha perna. Eu sabia que ela estava presa”.
A calma e paciência foram aliadas para Amanda passar pelo sufoco sem desespero. “Eu fiquei calma, se não tivesse calma ia ser pior. Só tinha o espacinho que eu estava. A minha perna ficou presa. Foi um livramento muito grande, só agradeço a Deus”, finalizou.
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