Por Redação | 10 novembro, 2022 - 9:10
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou novas regras de rotulagem para os produtos alimentícios. Além de mudanças na tabela de informação e justificativas nutricionais, a rotulagem nutricional deverá ganhar maior destaque, na parte frontal do produto. O prazo de adequação é de até três anos para que os novos produtos estejam presentes nas gôndolas dos supermercados. Até outubro de 2023, os alimentos em geral já devem conter o novo rótulo. Os alimentos fabricados por meio da agricultura familiar terão até outubro de 2024 para o ajuste. Já as bebidas não alcoólicas em embalagens retornáveis, têm prazo até outubro de 2025.
As mudanças devem trazer informações mais claras para escolhas mais saudáveis, já que atualmente entender sobre os rótulos não é algo tão fácil para a população. Para ajudar, a nutricionista Rosana Matias, explica que as principais informações que devem ser analisadas pelos consumidores são “a quantidade de calorias, principalmente para as pessoas com controle de peso; gorduras totais, onde podemos avaliar o percentual de gordura nos alimentos e avaliar o consumo do controle de colesterol; ingredientes alergênicos como glúten, lactose, soja ou amêndoas, importante para não causar transtorno à saúde com caráter até irreversível”, pontua.
No rótulo é comum encontrar a informação de porcentagem de valor diário, descrito como %VD. A nutricionista esclarece que a porcentagem mostra a quantidade do nutriente em questão (carboidrato, proteína, sódio etc.) presente em uma porção do produto em comparação ao consumo de uma dieta baseada em 2.000 calorias. Outro item que gera dúvidas é quanto a ordem dos nutrientes, que pode variar. “A lista deve apresentar os ingredientes em ordem decrescente, com aquele de maior quantidade em primeiro lugar e o de menor quantidade em último lugar. Assim os consumidores conseguem escolher facilmente o que melhor atende”, orienta.
Muito além dos rótulos, a nutricionista dá dicas na hora de comprar alimentos mais saudáveis. “A escolha vai depender da prioridade em questão, pois os alimentos industrializados normalmente apresentam um valor acentuado de açúcar, sódio ou aditivos químicos. O importante é fugir do consumo diário destes alimentos em específico para que não vire rotina na alimentação”, aconselha.
Quanto aos itens que são vilões na hora de escolher produtos, é preciso estar atento ao sódio, principalmente para pessoas com histórico de hipertensão arterial. “O consumo em excesso leva à disfunção renal”, alerta. A recomendação é escolher o produto com menor quantidade de sódio e diminuir o consumo gradativamente. O açúcar merece atenção de pessoas não só com diabetes. Seu consumo em excesso está relacionado também ao câncer. Algumas vezes, o açúcar não vem escrito como nutriente. Por isso, a atenção deve ser redobrada. “Geralmente ele aparece na lista de ingredientes como açúcar invertido, maltodextrina, dextrose, dextrina, frutose, entre outros”.
31 outubro, 2024
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