Fale Conosco Entre em Nosso Grupo Fale com a Redação Única bombeira de MS faz história e relata desafios em missão de resgate no RS - Jornal OSM - O sul-mato-grossense
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Única bombeira de MS faz história e relata desafios em missão de resgate no RS

A soldado campo-grandense Jéssica Lopes e seus parceiros, entre eles, a Laika, atuaram por 10 dias no interior do RS

Por Viviane Freitas | 28 maio, 2024 - 7:55

Foto: Reprodução

Uma tragédia no Rio Grande do Sul tem marcado muitas vidas, especialmente para aqueles envolvidos nas buscas e resgates. Entre eles está a bombeira Jéssica Lopes, de Campo Grande, a única mulher militar de Mato Grosso do Sul destacada para a missão no estado gaúcho.

Desde outubro de 2021, Jéssica faz parte do serviço de cães do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul. Para este desafio no sul do Brasil, ela foi acompanhada pelo sargento Thiago Kalunga, soldado Humberto, e a cadela Laika.

“Ficamos atuando lá por 10 dias, mas no total foram 14 dias fora de casa devido ao tempo de viagem. Foi um grande desafio e uma experiência indescritível, um crescimento profissional enorme. Sinto-me lisonjeada por ter tido essa oportunidade”, declarou Jéssica.

Ao chegar em Roca Sales, a cerca de 140 km de Porto Alegre, Jéssica e sua equipe se depararam com uma cena devastadora. A cidade, embora não mais alagada, mostrava sinais de uma destruição imensa, incluindo uma casa onde seis pessoas de uma mesma família estavam soterradas.

A equipe também trabalhou em Encantado, onde a força das águas deixou um cenário de devastação. “Era uma cena de filme que eu não imaginava ser possível. Mas somos treinados para atuar em diversas condições, e conseguimos racionalizar e fazer o nosso trabalho da melhor forma possível”, explicou Jéssica.

O trabalho contou com a colaboração de bombeiros de diversos estados, como Mato Grosso, Bahia e Santa Catarina, além dos militares locais. Alguns dos bombeiros gaúchos perderam tudo nas enchentes, mas continuaram atuando com determinação.

Em regiões de risco, a equipe seguia estratégias de segurança rigorosas, com militares monitorando a área para evitar novos deslizamentos. “Foi uma situação arriscada, mas todos voltamos em segurança e tivemos êxito graças aos nossos anos de treinamento”, disse Jéssica.

Um dos momentos mais gratificantes para Jéssica foi ver Laika, junto com outros cães de busca, identificar com precisão o local onde estavam os corpos soterrados. “Poder devolver os entes queridos às suas famílias para que possam cumprir seus rituais de luto foi muito gratificante”, concluiu a militar.

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