Por Viviane Freitas | 25 agosto, 2022 - 15:53
Procon de São Paulo vai apertar o cerco contra as indústrias de laticínios que colocam no mercado produtos à base de soro de leite e com embalagens muito parecidas com as de itens que levam leite em sua composição. Esses produtos começaram a ganhar mais espaço com a disparada do preço do leite. Na semana passada, a Tribuna publicou matéria em que apontou a diferença entre as misturas que têm sido encontradas no mercado.
O uso do soro de leite, um subproduto da fabricação de queijo, não é proibido para alimentação humana – é regulamentado pelo Ministério da Agricultura na fabricação de vários produtos da cadeia láctea. A oferta desses itens, porém, tem se tornado mais visível nos mercados. A semelhança entre as embalagens pode, segundo especialistas, induzir o comprador a erro.
Atraído por um preço entre 30% e 40% menor do que o produto de referência, o consumidor pode levar para casa “bebida láctea” em vez de leite. A confusão pode se repetir no leite condensado, trocado pela “mistura láctea condensada de leite e soro de leite”. No caso do requeijão, aparece nas prateleiras a “mistura de requeijão e amido”. O leite em pó pode ser confundido com o “composto lácteo”, enquanto o creme de leite poderia ser trocado pela “mistura de leite, soro de leite, creme de leite e gordura vegetal”.
A polêmica veio à tona no mês passado, quando o Procon de São Paulo notificou a Quatá Alimentos. A empresa foi solicitada a dar explicações sobre a comercialização e distribuição da bebida láctea Cristina, à base de soro de leite.
Na época, a Quatá Alimentos informou, por meio de nota, que “procurando não provocar confusão no ponto de venda, lançou esse produto sob essa nova marca, porque não fabrica leite caixinha (UHT) com a marca Cristina”.
24 novembro, 2024
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