Por Viviane Freitas | 17 novembro, 2022 - 15:20
Em todo canto da cidade, colado em cada muro, rua, esquina, lá está ele. Mensagens motivadoras, críticas sociais, poemas ou apenas uma ilustração isolada, mas cheia de significado. Feito a partir de uma técnica de colagem a baixo custo, o lambe-lambe mistura-se às paisagens urbanas da cidade e enche o cotidiano de poesia.
Inicialmente, a técnica se popularizou no meio comercial, por ser uma maneira rápida, prática e barata de propaganda para lojas pequenas. Só no final dos anos 40 e início dos 50, os reclames publicitários, como eram chamados, passaram a compor os cenários dos principais espaços urbanos do mundo. Ainda hoje, nos pontos mais movimentados das grandes cidades, é quase impossível não encontrar um cartaz colado em um poste que seja, oferecendo algum serviço ou produto.
Mas, fugindo desse aspecto mais utilitarista, artistas e designers vêm se apropriando da técnica para fomentar a arte de rua. Kelton Medeiros é um desses exemplos criativos. Produtor audiovisual, e pratica o Lambe Lambe já há alguns anos. Durante a pandemia, ele retomou essa produção de transformar o meio urbano. Ele explica o nome dado a esta arte
“Justamente pelo fato desse trabalho ser melado, sai bem lambido. Os primeiros que saíram o material ele era um pouquinho menos, era mais como folha de jornal, você lambia ele, lançava ele, como se fosse uma língua. É uma técnica que é usada em vários lugares, e as telas ficam bonitas”, disse.
Os cartazes usam da arte e da poesia para expor pensamentos e ideias. Desde a pandemia, a principal inspiração é Helena Meirelles, a dama da viola de Mato Grosso do Sul, que marcou a história da música regional de fronteira.
Ele explicou que as imagens dela que têm na internet não são de boa qualidade, por isso redesenha e inclui outros elementos. O designer é único. As peças já foram enviadas para outros estados e países, e são as mais pedidas pelo público.
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