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Animais do Pantanal: Cachorro-vinagre

Conheça esse animal pouco conhecido pela ciência e que habita o Mato Grosso do Sul

Por João Paulo Ferreira | 4 março, 2020 - 9:16

O cachorro-vinagre, ou também cachorro-do-mato-vinagre, é um animal pouco conhecido pela ciência, devido à baixa densidade populacional e a seus hábitos arredios. É um canídeo de pequeno porte, com orelhas redondas e patas curtas. Vive próximo a ambiente aquáticos.

Distribuição

A espécie ocorre desde o Panamá até o sul do Brasil. Está presente nos biomas Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal, porém, recentemente, foi registrada em uma área da Caatinga, fora da área de ocorrência histórica considerada para a espécie.

Características

São os mais sociáveis entre os canídeos de pequeno porte, vivendo em bandos de 2 a 12 indivíduos. Medem entre 57 e 75 cm de comprimento, possuem entre 12 e 15 cm de cauda e podem pesar de 5 a 8 kg. Têm corpo comprido, orelhas arredondadas e pernas curtas, com membranas interdigitais entre seus dedos, facilitando a locomoção na água. Possuem uma coloração castanho-avermelhada, e seus filhotes nascem acinzentados.

Comportamento

Vivem predominantemente em florestas, em geral perto de fontes de água, mas, em algumas regiões, podem utilizar áreas abertas (cerrado) e distantes de ambientes aquáticos de forma intensa. São, principalmente, diurnos, passando as noites em tocas. A área de vida estimada para um grupo de cachorros-do-mato-vinagre foi de 140 km². Usam urina na demarcação do território. Para fazê-lo, apoiam-se nas duas patas dianteiras e erguem o tronco e as patas traseiras para urinar em uma árvore ou pedra, conseguindo, dessa forma, atingir uma altura maior do que conseguiriam se estivessem nas quatro patas. Estão bastante associados a ambientes conservados. Possuem um repertório vocal bem amplo, utilizado na comunicação entre os indivíduos do grupo. Alguns autores sugerem que podem imitar o som de suas presas para atraí-las.

Alimentação

São, em geral, carnívoros, caçam, na maior parte das vezes, tatus e grandes roedores, como pacas e cutias. Também se alimentam de ratos, coelhos, gambás, quatis, lagartos teiú, cobras e aves terrestres. Caçam em grupos pequenos e médios, sendo uma estratégia vantajosa, já que são pequenos. Ao caçar em bandos, conseguem matar presas maiores, como capivaras, emas, veados e catetos, empregando uma variedade de estratégias de caça cooperativa. Atacam as pernas de animais grandes até a queda deles e perseguem suas presas mesmo em águas profundas.

Reprodução

Reproduz-se o ano todo, com macho e fêmea se separando do grupo nesse período. A gestação varia de 60 a 83 dias, podendo nascer entre um e seis filhotes, que são desmamados após 75 dias. O macho auxilia a fêmea durante toda a fase de cuidado parental, e indivíduos jovens, que permanecerem com seus pais após atingirem a maturidade sexual, não se reproduzem.

Conservação

É considerada como “quase ameaçada” de acordo com a IUCN. Porém, no Brasil, a espécie é considerada como “vulnerável” pela lista nacional do ICMBio.

É um mamífero raro e sua conservação deve ser incentivada, pois queimadas, desmatamento e diminuição de alimento (como a paca), ameaçam a sua sobrevivência. Antes, distribuía-se por quase todo o Brasil, mas, hoje, possui populações bastante fragmentadas e confinadas em Unidades de Conservação. É ameaçado pela perda de habitat e pela perseguição direta, por ser acusado de predar animais domésticos. É criticamente ameaçado de extinção no Paraná, em São Paulo e em Minas Gerais.

Com informações do site Onçafari

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