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Antes da fruta da guavira nascer, as flores encantam e colorem de branco a vegetação do cerrado

Engenheira agrônoma de Campo Grande fez registro fotográfico da florada da guavira em área de mata próxima a cidade.

Por Viviane Freitas | 22 setembro, 2021 - 8:57

A guavira é uma fruta que é um dos símbolos do cerrado e de Mato Grosso do Sul. Todos a conhecem, mas o que às vezes passa despercebido são as flores dessa árvore. Antes que as frutas tomem conta da mata, elas aparecem e colorem com seu branco delicado o verde-amarelo da vegetação.

Apelidada de “vegetal influencer”, a engenheira agrônoma Juliana Casadei, de 37 anos, se encanta com a beleza da florada da guavira e fez um registro em uma área de mata, entre o minianel e a rodovia MS-010, saída para o distrito de Rochedinho, próximo a chácara onde mora, em Campo Grande.

“Mas acredito que eu tenho um privilégio, pelo meu modelo de vida, entre a cidade e o campo. Esse convívio com as coisas simples da natureza, as plantas, os animais, desperta uma sensibilidade, aí aprendemos a apreciar o que é naturalmente belo em todos os lugares”, reflete, completando que as vezes a correria do dia a dia acaba entorpecendo para as belezas simples do cotidiano.

“Jabuticaba do cerrado”

Desde 2017, o fruto do cerrado virou “Símbolo do Estado” por legislação mesmo. De autoria do deputado Renato Câmara (MDB), a lei estabelece a guavira como símbolo e autoriza a inclusão dele em todas as divulgações turísticas de Mato Grosso do Sul.

Quem é acostumado a “catar” a guavira, fruta forte e resistente, que cresce no final da estiagem, e segue em abundância nos meses seguintes, pode estranhar a suavidade das flores. No entanto, a biologia vem para explicar o quão importante ela é.

As flores duram de três a quatro dias, isso para cada pezinho do arbusto. No vídeo feito por Juliana, cada um está em um estágio diferente, uns começando a soltar o botão. “Em mais ou menos uma semana você consegue perceber as flores, e depois de uns 15 dias, já começa a ter os frutos, que é a nossa jabuticaba do cerrado”, explica a agrônoma.

Para dar a fruta, é importante que a flor seja “polinizada” o que a abelhinha que aparece no vídeo está fazendo muito bem. “O cheiro atrai os insetos polinizadores que são muito importantes, porque é a partir da passagem deles pelas flores que se promove o cruzamento e vem as frutas”, completa.

Como os ipês

Assim como os ipês que florescem na estiagem, a flor de guavira faz o mesmo, e com tempo bem curtinho, entre os meses de setembro e outubro, durante menos de uma semana.

Então, se você ver as pétalas brancas onde geralmente cata guavira, aproveite. “Penso que divulgar e compartilhar essas informações, que podem parecer singelas ou não importantes, contribui para manter viva a nossa cultura, nossas origens, e todo o significado que vem junto”, finaliza a agrônoma.

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